A dona de outra sociedade de entregadores, a senhora Wang, se preocupa com a possível demolição de seu armazém.
"Nada é estável. Não sei o que vai acontecer amanhã", afirma a mulher, quase chorando.
As demolições também afetam o setor de pequenos negócios, o que leva os consumidores às grandes lojas, ou ao comércio eletrônico.
Ge Guoxiang, de Jiangsu (leste), se mudou para Pequim há dois anos com sua mulher para trabalhar no ramo de produtos têxteis. Mas o mercado varejista onde está empregado recebeu uma ordem de fechamento.
As autoridades dizem ter criado em Hebei, província ao lado da capital chinesa, zonas específicas para reacomodar os comerciantes deste mercado.
Mas Ge Guoxiang é cético. "Levamos anos para constituir uma clientela. Agora, nos vemos obrigados a recomeçar do zero", lamenta-se.
"E nossos clientes (pequineses) são sobretudo pessoas idosas, que não sabem comprar pela Internet. Como vão fazer?", questiona.