Celular sem vírus

Saiba como evitar que seu aparelho móvel seja uma porta de entrada para os criminosos virtuais

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O aparelho celular se tornou valioso. É lá que estão os endereços, as fotos, os nomes de familiares e até os dados bancários. O acesso ao celular e à internet pode ser uma porta de entrada para os vírus e os hackers estão de olho. Os principais alvos dessas ameaças continuam sendo os aplicativos de bancos, que têm como objetivo roubar dados de conta e senha dos usuários, segundo um levantamento da Kaspersky.

Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2015, o número de vírus para dispositivos móveis quase triplicou, segundo relatório da mesma empresa. Fora os focados em dados bancários, existem outros vírus mais simples, que tentam empurrar propagandas para roubar arquivos dentro do aparelho (malwares) ou controlam remotamente seu aparelho para roubar dados (spywares).

O Brasil é o terceiro país que mais registra ataques cibernéticos em aparelhos celulares, atrás apenas dos Estados Unidos e China, de acordo com o gerente de segurança da PSafe, Emilio Simoni. Outra pesquisa, agora da consultoria de segurança G Data, afirma que 18 novos vírus são criados a cada minuto.

Mas como eu pego o vírus?

Assim como em computadores, os vírus para celular dependem apenas de um “deslize” do usuário para se instalar no aparelho. Clicar em links suspeitos, fazer downloads de aplicativos não confiáveis ou acessar a internet usando Wi-Fi gratuita e sem proteção e mensagens de SMS suspeitos são apenas algumas das portas.

As "iscas" são lançadas em vários lugares. Neste ano, por exemplo, hackers usaram uma rede de supermercados para atacar celulares em todo o país. Mais de oito milhões de brasileiros foram enganados com uma mensagem no WhatsApp que solicitava a participação em uma pesquisa e oferecia um vale-compra de R$500, segundo a empresa brasileira PSafe.

A febre causada pelo game Pokémon Go também serviu de “inspiração” para os criminosos. Pouco tempo depois do jogo ser lançado, hackers criaram uma versão visualmente bastante parecida com o aplicativo. Mas, no lugar do jogo, o programa era um software espião que solicitava permissões para ler, apagar e enviar mensagens, ativar e desativar redes sem fio e 3G, acessar histórico de chamadas e, inclusive, fazer ligações.

Será que o meu celular está com vírus?

Com tantos tipos de ataques, os sinais de que seu celular foi infectado podem ser vários, mas uma coisa é certa: ícones estranhos começam a aparecer na tela, há lentidão, excesso de uso do pacote de dados e bateria fraca.

Alguns vírus que exigem um processamento alto também podem esquentar o aparelho. Quando infectado, o celular fica quente mesmo quando não é usado.

Outras pistas são aplicativos instalados sem sua autorização, surgimento de pop-ups com anúncios suspeitos e redirecionamento para sites estranhos quando o usuário acessa sites rotineiros, já que a praga muda a navegação do celular e configura páginas iniciais que não foram solicitadas.

É assim que os cibercriminosos ganham dinheiro, aumentando o tráfego e audiência de determinadas páginas.

Como a maioria desses indícios nem sempre podem ser resultado de vírus, o indicado é baixar um aplicativo de antivírus no celular para ter certeza. Os programas detectam os vírus, fazem uma limpeza no smartphone e protegem o dispositivo no futuro. Alguns dos mais comuns são: UOL (que oferece um pacote de segurança que protege tanto celulares quanto tablets e computadores), Avast Free Mobile Security, PSafe, AVG Mobile Security e Kaspersky.

Verdade ou mito?

  • Vírus pode queimar o celular?

    Mito: Dificilmente um vírus vai afetar a parte física do aparelho a ponto de queimá-lo. O sistema operacional do celular pode ser danificado de forma permanente, inutilizando o dispositivo.

  • Vírus deixa o celular mais lento?

    Verdade: Isso acontece porque, assim como os aplicativos, os malwares consomem recursos do sistema para rodar e o aparelho funciona de modo mais devagar que o normal.

  • A bateria acaba mais rápido?

    Verdade: Alguns vírus ficam monitorando o uso do aparelho celular e checando os comandos enviados pelos hackers constantemente, consumindo ainda mais bateria.

  • Android é mais vulnerável que iPhone?

    Mito: Os aparelhos Android, porém, são mais visados por hackers pois estão presentes em mais de 80% dos smartphones no mundo e permitem a instalação de aplicativos fora da loja oficial.

4 dicas para proteger seu celular

De olho nos programas
Evite instalar aplicativos que não estejam disponíveis nas lojas oficiais do sistema operacional do aparelho - como a Apple Store, do iPhone, ou o Google Play, do Android. E, mesmo que o programa esteja na loja, verifique se a reputação do desenvolvedor para saber se o app é confiável.

Verifique as permissões
Para evitar que um aplicativo "espione" seus dados ou transmita suas informações para terceiros, preste atenção nas permissões solicitadas pelo programa durante e depois de sua instalação. Por exemplo: é natural que um programa de mobilidade peça acesso ao GPS do telefone. Agora, um aplicativo para anotações não deveria saber onde você está. Se o app pedir permissões que pareçam estranhas, interrompa a instalação ou deixe de usá-lo.

Nada de clicar em links suspeitos
Assim como no laptop e em desktops, é preciso ter cuidado ao clicar em anexos e links não solicitados. Eles podem instalar programas espiões (spywares) que roubam dados do seu celular. Alguns tipos de spyware rastreiam apenas como você costuma usar a internet ou monitorar locais que você frequenta, outros podem roubar dados bancários, agenda de contato, fotos etc.

Redes Wi-Fi
Redes sem fio gratuitas podem ser uma oferta tentadora em shoppings, aeroportos e restaurantes, mas elas podem transformar seu celular em uma presa fácil para os hackers. A dica, nesses casos, é ver apenas aquilo que é realmente necessário e evitar operações que exponham seus dados demasiadamente, como fazer transações bancárias.

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O aparelho foi roubado. E agora?

Se o seu celular caiu nas mãos de criminosos da "vida real", alguns aplicativos de rastreamento dos aparelhos podem ajudar a encontrá-lo. Mas atenção: use-os apenas para localizá-lo e procure a ajuda da polícia para ir atrás dele. Veja a seguir alguns aplicativos úteis.

UOL Segurança Digital

O UOL oferece um programa de proteção para celulares e computadores, com antivírus, antispyware e controle parental. Além disso, em caso de roubo do celular, o software rastreia o aparelho, faz backup da agenda, bloqueia o celular e envia um comando para que seu celular tire uma foto onde quer que ele esteja.

Buscar Meu iPhone

O aplicativo localiza vários dispositivos da Apple, como o próprio iPhone e o iPad. Após instalá-lo, o usuário precisa configurar seu login e senha e apontar os dispositivos que quer monitorar. Com ele, é possível ver em um mapa o local onde o aparelho está e bloquear o dispositivo remotamente.

Lookout Security & Antivirus

Funciona em smartphones com o sistema Android ou iOS, da Apple. Ele tem um sistema de antivírus, outro para backup de arquivos e um localizador de telefone em um só aplicativo. A versão gratuita do programa, apesar de limitada, oferece recursos básicos como proteção contra vírus, backup de arquivos e contatos e localização do smartphone (ele também permite que o usuário, pela internet, acione um alarme no telefone para ajudar na localização).

NetQin Securirity & Antivírus

A versão gratuita tem a opção de localizar o smartphone e de notificar o usuário de alterações no SIM Card. Além de "achar" o aparelho, o programa tem opção para otimizar o sistema (eliminando programas que funcionam em segundo plano, por exemplo), funciona como antivírus e ainda tem a opção de monitoramento de tráfego de dados. Funciona no Android.

Prey Anti-Theft

Disponível para várias plataformas (smartphones e tablets Android, computadores com Linux, Windows e até Mac), após instalá-lo em um smartphone, o usuário que perdeu o celular deve, de um outro telefone, enviar um SMS com um código. O usuário, então, receberá um relatório com a localização do aparelho no painel de controle do serviço Prey na internet. Detalhe: caso o smartphone tenha câmera frontal, o programa ainda tira uma foto da pessoa que, supostamente, roubou o celular.

Android Avast Theft

Gratuito, o aplicativo ajuda a monitorar a localização do smartphone em caso de perda. O programa permite bloquear o dispositivo remotamente, ativar uma sirene, personalizar tela bloqueada, entre outras funções.

Where's My Droid

Com funcionamento simples, o aplicativo Where's My Droid (apenas para smartphones com o sistema Android) manda informações para o dono do telefone por meio de SMS. Após enviar um torpedo com uma mensagem configurada pelo usuário, o smartphone começará a tocar ou responderá ao torpedo com a localização (latitude e longitude do telefone) -- com essa informação, basta jogar os números no Google Maps e ver onde o smartphone está.

 

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