Mulheres brancas, altas, magras e com os cabelos milimetricamente penteados. É esse o padrão encontrado em quase todas as capas de revista e campanhas publicitárias. Mas, basta uma rápida observação ao nosso redor, seja na família, no trabalho, ou até mesmo caminhando pelas ruas, para percebemos que a realidade é bem diferente. A beleza não é única e está longe do modelo de perfeição apresentado na mídia. Especialistas em comunicação e feministas criticam a falta de identificação de raça, cor de cabelo, peso e idade.

Segundo o site americano SheKnows, que promoveu uma extensa pesquisa sobre gênero na publicidade, 91% das entrevistadas acredita que a forma como uma mulher é retratada impacta na autoestima das meninas. Já 71% acredita que as marcas deveriam promover mensagens positivas para meninas e mulheres.

A sociedade é muito crítica com quem está fora do padrão, julgando as diferenças como uma suposta falta de vontade ou falta de cuidado. Isso faz com que as mulheres que não correspondam a esse ideal de beleza se sintam inadequadas. Junia Vilhena, psicanalista, professora e coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Intervenção Social da PUC-Rio