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O streaming chegou com tudo e o jeito que você assiste futebol já está mudando

Gabriel Carneiro Do UOL
Lalo de Almeida/Folhapress

Na terça-feira (18), o Barcelona estreou na Liga dos Campeões com uma goleada por 4 a 0 sobre o PSV. Mas não passou na TV. A transmissão foi feita pelo Facebook, em parceria com o Esporte Interativo, canal do grupo Turner que deixou as grades de programação há algumas semanas.

A largada da fase de grupos do mais importante torneio de futebol europeu é a prova mais evidente de que o modelo tradicional de transmissão esportiva está mudando. E que é um caminho sem volta. A força crescente dos serviços de streaming, a distribuição digital de conteúdos, cria novas plataformas a cada dia e provoca agitações (algumas vezes sem solução) na segurança dos canais de TV aberta e fechada.

A popularização dos smartphones e Smart TVs, o crescimento do uso de celular para assistir vídeos e as redes sociais como facilitadores do acesso à informação mudaram a indústria do entretenimento e agora ocupam espaço em uma discussão simples: como você vai ver o jogo do seu time no futuro?

Nas empresas de mídia, a corrida é por novas formas de transmissão. O mesmo streaming que ameaça os canais tradicionais também pode salvar outras modalidades e competições com menos apelo e desvirtuar a lógica das mesas redondas na TV.

Mas como nenhuma mudança é imediata, existem dúvidas:

  • O Brasil está preparado para este novo mercado?
  • Nossa conexão à internet é boa o suficiente para fazer a TV virar coisa do passado?
  • Existe público para consumir tantos serviços?
  • Como vão medir a audiência e garantir anunciantes se tudo está pulverizado?
  • O fã de futebol terá que pagar caro para ver vários campeonatos?

São várias perguntas e as respostas já  começam a ser dadas, porque a revolução está passando na TV. E no celular também. 

A pessoa está mudando sua forma de consumir conteúdo e isso muda o sistema. Quando o Netflix vem e oferece uma série inteira para você ver de uma vez acontece o ponto-chave da mudança. Antes, você saía correndo do trabalho ou dos estudos para ver o último capítulo da novela, para não perder esse momento que não volta mais. Hoje, o último capítulo está esperando por você quando você quiser. As pessoas saem de onde há um monte de conteúdo e elas podem ver quando acharem melhor

Tom Jones Moreira de Assis

Tom Jones Moreira de Assis, consultor de inovação tecnológica e coordenador do departamento de engenharia de aplicação da Tecsys do Brasil

Reprodução/Globo Reprodução/Globo

Não é só futebol

A revolução no modelo tradicional de transmissão esportiva tem grandes semelhanças com o que rolou na indústria do entretenimento, com filmes e seriados, nos últimos anos. Segundo estudo da FGV em 2018, o Brasil tem 306 milhões de dispositivos conectados à internet e é o quinto país do mundo em usuários de smartphones. Como, de acordo com a Abranet, 70% das residências têm acesso à internet, a forma de acesso a conteúdos midiáticos mudou. A TV resiste, mas não monopoliza. E mais: se adapta às novidades.

Líder no segmento linear, a Globo também caminha no digital, com forte investimento no aplicativo Globoplay - no último dia 27 de agosto, a emissora exibiu na tradicional sessão de filmes Tela Quente dois episódios do seriado "The Good Doctor". Era uma estratégia para bombar o app, que possui a temporada completa da história de Freddie Highmore. Deu certo: foi a maior audiência da sessão em 6 anos. O caminho inverso também acontece: as novelas estão mais ágeis do que antigamente, se assemelhando às séries que tomaram conta do mercado. E também estão disponíveis no aplicativo.

O esporte segue a mesma lógica: pela primeira vez, a Globosat vai oferecer pay-per-view do futebol nacional por streaming. Antes, a exibição pela internet dependia de uma assinatura do Premiere via operadoras de TV a cabo.

Esse fenômeno é só a sequência de um processo amparado em dados. De acordo com estudo da Ericsson Consumer Lab, de 2016, pessoas com mais de 35 anos assistem 28 horas de conteúdo em vídeo por semana, sendo 67% na TV e 33% em modelos não tradicionais. Quem tem menos de 35 anos assiste 34 horas de vídeo, sendo 45% do tempo na TV linear e 55% em novos dispositivos. Para falar com a geração que domina e seguirá dominando o mercado consumidor, é preciso estar no maior número de plataformas possível.

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Conectividade e mudança de hábito

A lista de desafios para a afirmação da transmissão esportiva nos dispositivos móveis é grande. Primeiro porque a TV domina o mercado, e migrar os torcedores para a internet não será fácil. É necessária uma mudança de hábito no consumo de mídia com um risco de perda de relevância ou alcance do conteúdo. O fato de a Liga dos Campeões da Europa não passar na Globo e na Band, por exemplo, e sim em meio à programação de filmes do TNT e do Space, em um aplicativo e no Facebook levou muita gente a acreditar que ela não tem o peso de outros tempos.

A Uefa, por outro lado, vê os novos formatos como um trunfo na transmissão da Champions, porque a internet é mais abrangente e engaja melhor. São muitos debates.

Um desses debates é sobre a conectividade. A final da Supercopa da Uefa entre Real Madrid e Atlético de Madri, em 15 de agosto, foi transmitida exclusivamente pelo Facebook (da Uefa e do Esporte Interativo), mas foi alvo de críticas porque travava muito. A internet banda larga funciona com qualidade nas grandes cidades, mas em boa parte do país você paga por uma quantidade de dados de internet e recebe menos do que contratou.

O Brasil não está 100% pronto para ver muito vídeo na internet. Há latência (quando o sinal chega atrasado), picotamento e dificuldade até de abrir a página de transmissão. Exemplos dessa dificuldade aconteceram, por exemplo, no jogo do Barcelona na Liga dos Campeões.

Para poder ter uma experiência fluida de consumo em dispositivos móveis, é preciso ter uma planta tecnológica que dê suporte. Sabemos que as Telcos (empresas de telecomunicação) encontram dificuldades em colocar antenas em boa distribuição e densidade. Isso causa impacto. Se temos esse problema nas cidades, é porque a distribuição não é uniforme. Há áreas com mais cobertura e outras sem

José Manuel Mariño

José Manuel Mariño, diretor de Tecnologia de Esportes da TV Globo

Mas é um tipo de situação que vai se resolvendo com o passar do tempo. Em anos recentes já tivemos situações piores e estamos melhorando continuamente. É um problema, mas o cenário é otimista. O consumo de mídia está crescendo, as Telcos estão enxergando oportunidades de aumentar o que recebem de cada usuário. Elas vão procurar melhorar cada vez mais essa rede, móvel e fixa

José Manuel Mariño

EI Plus, Fox Premium e WatchESPN: o futuro está no presente

O Esporte Interativo tirou dois canais de televisão do ar em agosto. O Fox Sports vive fase de apreensão desde o fim do ano passado, quando a Disney (que também é dona da ESPN) comprou o conglomerado norte-americano. Em meio às dificuldades e obstáculos da TV linear em tempos de novas tendências, os dois grupos de mídia fazem investimentos no digital. 

Pioneiro na promoção do acesso a conteúdos sob demanda e sem necessidade de assinatura de TV a cabo, o EI Plus existe desde 2012. Com o fim dos canais, a ideia é bombar esta marca e mostrar na internet - além das transmissões de jogos e programas no Space e na TNT e como parte da plataforma UOL Esporte Clube - que o Esporte Interativo não morreu.

Paralelamente, a Fox mantém dois canais no ar e também impulsiona sua presença no digital. A temporada 2018/2019 do Campeonato Espanhol, por exemplo, será transmitida ao vivo exclusivamente pelo aplicativo Fox Premium, antes dedicado somente a filmes e séries e agora com programação esportiva. A ESPN, por sua vez, tem uma plataforma de streaming desde 2009, com a programação de seus quatro canais na TV em tempo real. Dentro deste serviço, chamado WatchESPN, há o ESPNPlay, que está disponível também no UOL Esporte Clube. E por fim, em agosto, o Grupo Record lançou o serviço Play Plus, que também tem conteúdo ESPN, indicando uma tendência de diversificação da transmissão de conteúdo.

É o futuro e, ao mesmo tempo, o presente destas grandes empresas.

O Esporte Interativo não morreu. Existe uma mudança na estratégia de como levar o conteúdo até as pessoas. O que deixou de existir foi nosso canal linear, com programação diária. Você descontinuar um projeto e ter que demitir gente é difícil, mas para nós o caminho é claro: em algum momento os canais seriam interrompidos. Aconteceu mais rápido que no plano inicial, mas a migração para o digital, inclusive do ao vivo, estava muito clara. Quando lançamos o EI Plus, as pessoas não achavam que alguém pagaria por conteúdo, mas virou o padrão. Vamos ampliar o digital

Fábio Medeiros

Fábio Medeiros, head de esportes da Turner

O Premium agora não é um canal só de séries, mas de tudo que é novo no mercado. Quando começou o pay-per-view, teve um pouco de resistência: "Por quê tudo está migrando?" É porque tem muita oferta de conteúdo. Hoje, temos uma série de torneios só dois canais. Não conseguimos produzir todos os jogos que adquirimos pagando os direitos. A partir do momento em que tem a propriedade, você precisa achar um meio de distribuir. Então, hoje temos três canais distribuindo conteúdo esportivo nos fins de semana. É um jeito de aumentar e distribuir mais conteúdo, não ficar com conteúdo parado na casa

Luis Santos

Luis Santos, vice-presidente de Engenharia e Operações da Fox

 Miguel MEDINA / AFP Miguel MEDINA / AFP

Serie A Pass é o maior teste dos novos formatos

A transmissão exclusiva do Campeonato Espanhol pelo Fox Premium é algo inovador, mas a Fox já é uma plataforma bem conhecida no meio do esporte. O maior teste da relevância destes novos formatos de transmissão esportiva é o "Serie A Pass". Sem acordo com emissoras brasileiras de televisão, a agência IMG, que detém os direitos de transmissão do Campeonato Italiano para a América Latina, lançou um novo serviço de streaming. Tirando o canal RAI, que está em algumas operadoras de TV por assinatura e tem direito de transmitir só um jogo por rodada, às 13h15 do sábado, é só esse aplicativo que permitirá ver Cristiano Ronaldo em ação pela Juventus.

É a primeira vez em 36 anos que o badalado Campeonato Italiano não terá transmissão brasileira - o RAI tem narração e comentários em italiano e o Serie A Pass em inglês.

"As tecnologias estão mudando, o público quer ver novas tecnologias, novas iniciativas. Por isso, vamos testar com o Serie A Pass. Queremos ver como isso funcionará com cada público. Todos os países têm sistemas e culturas de conectividade diferentes, mas a Netflix tem milhões de assinantes no Brasil, por exemplo. Nós compreendemos que essas novas tecnologias podem ser complementares às mídias tradicionais. Agora pode-se acompanhar os jogos por desktop ou telefone. Pode-se conectar o telefone ou tablet, ligar a smart TV e ver os jogos como se veria na televisão", aponta Felix Alvarez Garmon, vice-presidente da IMG.

A empresa detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Italiano se diz "de portas abertas" para os canais tradicionais brasileiros, em uma possível renegociação.

Clubes já estão na jogada

Conexão direta com torcedores é nova mania. Mas há barreiras

Reprodução Reprodução

Federações play

Em março, a Federação Catarinense de Futebol lançou a "FC Play TV", uma plataforma de transmissão das partidas do campeonato regional que estivessem fora da grade da TV. Na Série D, exibiu ao vivo os três jogos do representante do estado em casa. Você pode comprar um jogo avulso que queira ver, por R$ 9,90, ou o pacote completo. A iniciativa é da Associação de Clubes de Futebol Profissional/SC.

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Times play

No futebol paulista, há exemplos de clubes que lançaram sua própria "Netflix". A TV Palmeiras Play e a Corinthians TV, ambos no ar desde 2018, são canais de conteúdo audiovisual que permitem ao torcedor acompanhar online, via streaming, produtos exclusivos. A meta é exibir jogos e eventos ao vivo de futebol e outras modalidades, levando a experiência da marca a outros níveis. Projetos são embrionários.

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Mau exemplo

Reconhecida pela qualidade em sua produção de conteúdo, a Santos TV deu exemplo do que não fazer em tempos de streaming. Em julho, o clube decidiu exibir um amistoso no México pelo Youtube, mas transmitiu um link pirata, que por minutos teve na tela a inscrição "Você está roubando o ao vivo". O Santos alega que o acordo de retransmissão não foi honrado pela detentora dos direitos. Quase 10 mil pessoas estavam conectadas.

Reprodução/Youtube Reprodução/Youtube

Streaming pode salvar o que não está no mainstream

Nesse novo mundo, uma tendência notada por especialistas nos últimos tempos é a migração da transmissão de conteúdos fora do mainstream da televisão (aberta ou fechada) para a internet. Um caso de sucesso deste processo foi quando o Esporte Interativo encerrou seus canais durante a fase final da Série C do Campeonato Brasileiro. A solução encontrada pela CBF para não deixar os torcedores desamparados foi transmitir os jogos em seu canal oficial, pelo Youtube e pelo Twitter.

O resultado até o momento é considerado excelente. O jogo entre Operário-PR e Santa Cruz, pelas quartas de final, fechou o dia 26 de agosto com mais de 470 mil visualizações e como o quarto vídeo da seção "em alta" da plataforma, que destaca as produções com mais visualizações e engajamento. Até o jogo entre Atlético-AC x Cuiabá, com menos apelo e que provavelmente seria ignorado na grade do EI, atingiu 230 mil pessoas na internet.

"Ainda não existem ofertas tão bem organizadas no digital, mas é algo que não tem volta. Vários esportes e modalidades que perderam espaço nos canais lineares serão salvos pelo streaming. Podemos listar aqui 20 esportes que tinham espaço nos canais há dez anos e foram sumindo. Isso é ruim para o esporte e para o fã. A salvação é o caminho digital", diz Fábio Medeiros, head de esportes da Turner.

A internet abraça o produto de nicho, aquele dirigido para um público segmentado, que não dá audiência na TV. Lá, se proliferam as mesas redondas de futebol falando sempre sobre os mesmos assuntos. "Isso acontece para os canais manterem um mínimo de audiência, a programação fica repetitiva mesmo", admite Medeiros. A tendência é que divisões menores e torneios regionais de futebol sejam disponibilizados na internet para públicos específicos, da mesma maneira que esportes fora do mainstream.

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Transmissões vão mudar

Outro resultado disso é que as transmissões esportivas estão prestes a mudar. Uma discussão interna em canais abertos e fechados é a utilização da imagem de câmeras mais baixas, que mostrem mais detalhes do jogo e aproximem o espectador da expressão dos jogadores. Aquelas câmeras altas, distantes, compatíveis à transmissão na TV, serão deixadas cada vez mais de lado, alternadas com filmagens mais minuciosas. Isso é pensando em quem assiste ao jogo pelo celular.

Segundo o Ibope, 98% dos jovens conectados à internet têm o hábito de assistir vídeo ou TV online. Assim será nos esportes também. Não é o mercado que está induzindo uma mudança no consumo de mídia, e sim o público que está desejando novas formas de acesso à informação.

Por outro lado, a ABTA (Associação Brasileira de TV por assinatura) aponta que a queda de assinantes de TV paga no Brasil é decorrente da crise econômica, que provocou recuo de 7% no PIB entre 2015 e 2016, e não das novas plataformas de transmissão de vídeo.

Divulgação/Netflix Divulgação/Netflix

Caminho do futuro é agregador de conteúdo

A Netflix é uma plataforma que forma parceria com produtores e criadores de conteúdo para licenciar direitos de transmissão de diversas séries de TV e filmes. Ou seja, as empresas (às vezes concorrentes) procuram este serviço para levar seus produtos ao grande público. No esporte isso ainda não existe, pelo menos no Brasil.

Quem quer ver o Campeonato Italiano precisa assinar o Serie A Pass ou ter a RAI. O Campeonato Francês é só na TV5 Monde. O Campeonato Espanhol, ao vivo, só no Fox Premium. A Liga dos Campeões no EI Plus e no Facebook, o Brasileirão na Globo, SporTV ou Premiere. São muitos canais, todos pagos, às vezes direcionados aos mesmos fãs de futebol. Que, claro, nem sempre têm recurso financeiro para financiar tantos serviços.

A tendência no futuro é a criação de agregadores de conteúdo para todos os "ETC Plays", conceito criado por Tom Jones Moreira de Assis. "Você precisa dar facilidade ao usuário, e quem mais agregar conteúdos evitará que este usuário saia da plataforma. Esses agregadores, esses pacotões de canais, vão ser a solução para isso. Hoje vivemos em ilhas separadas de conteúdo, mas em breve eles devem se unir." O caminho do futuro está distante. De acordo com Luis Santos, da Fox, a ideia dos canais hoje é adquirir direitos de transmissão e propriedades para diversificar as plataformas.

Houve o lançamento recente do UOL Esporte Clube, por exemplo, que reúne conteúdo em texto da coluna "De Primeira", além de ESPNPlay e EI Plus. Já é um tipo de agregador de conteúdo esportivo que começa a desbravar o novo momento da transmissão esportiva.

A oferta de conteúdo esportivo pela internet será cada vez mais alta. Mas por maior que seja o interesse do público ainda não há o hábito de ver futebol no meio digital. Do ponto de vista do mercado ainda há dúvidas se ele comporta tantos serviços. A Turner encerrou o Esporte Interativo também pela audiência abaixo da expectativa, então pode ser que o público disposto a assistir esportes de maneiras diferentes do tradicional não seja tão alto assim. 

Um torcedor não arcará com o preço de todos os serviços de streaming porque é caro, então há a tendência de que eles se unam em uma única plataforma. E isso não é exatamente o que a TV tradicional propõe?

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Novas ferramentas para medir audiência serão necessárias

O grande número de plataformas em que o usuário pode consumir conteúdo produzido por uma mesma empresa midiática pode ser um desafio na contabilização da audiência real de cada produto. A audiência, por sua vez, é responsável por boa parte dos investimentos em publicidade nos canais. Então como convencer os patrocinadores de que a audiência na TV não representa o número verdadeiro de pessoas que tiveram acesso ao conteúdo? Há uma plataforma para medir a audiência real? O espectador das mídias digitais tem o mesmo peso de quem vê o conteúdo na TV? 

Melissa Vogel, CEO da Kantar Ibope Media, que atua no mercado de pesquisa de mídia na América Latina, adiantou durante participação no 30º Congresso de Tecnologia da SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão), em São Paulo, que o assunto é tema de discussões entre as empresas e o Ibope: "Todos os sistemas de medição serão híbridos. É impossível que uma única fonte de dados consiga dar conta de tudo."

"Nosso principal ativo é o índice de medição de TV. Esse painel continua sendo importante para balizar tudo o que vem depois, as informações serão ancoradas nesse painel. Nosso papel é criar os melhores padrões possíveis para filtração de outros dados. Como junta a informação do streaming? Tudo isso tem que ser feito com muito critério, mas é possível usando sistemas comparáveis e integrados, não de audiência total", expõe Vogel, antecipando a necessidade de novas métricas para medir a audiência de conteúdos midiáticos.

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