Heuler Andrey/UOL 
Veteranos, mas com muito gás
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Heuler Andrey/UOL Esporte Era a maior festa que o UFC já tinha montado no Brasil. A ocasião era especial, o primeiro evento em um estádio de futebol. As mais de 45 mil pessoas que lá estavam davam uma grandiosidade inédita para o UFC 198 no último sábado. Aquele era, sim, o maior evento que a franquia já tinha trazido para cá.
Com as vitórias dos curitibanos Maurício Shogun e Cris Cyborg, que inflamaram as arquibancadas da Arena da Baixada, Fabrício Werdum era apenas a cereja do bolo. Nem o mais pessimista fã poderia imaginar o que viria a rolar em menos de 3 minutos do primeiro round e da maneira que tudo aconteceu.
O que era para ser um final de festa perfeito, acabou virando uma enorme água no chope dos torcedores brasileiros. O estádio ficou em um silêncio sepulcral quando aquele cruzado de direita de Stipe Miocic colocou Werdum para dormir. Até como sinal de respeito à grande atuação que teve, o norte-americano acabou aplaudido pelos brasileiros.
Agora, o Brasil tem apenas um cinturão em suas mãos: o de Rafael dos Anjos, entre os pesos leves. É uma situação dura, visto que há poucos anos o país chegou a ser detentor de quatro títulos do UFC de uma só vez (Anderson Silva, Renan Barão, José Aldo e Junior Cigano).
Mas se de um lado ficou a frustração pela perda do cinturão dos pesados, o UFC em Curitiba colocou outros dois lutadores do país próximo de terem a chance de disputarem o ouro de sua categoria.
Heuler Andrey/UOL Heuler Andrey/UOL Esporte Eu treino muito forte para acreditar em algumas maldições como essa. Esse título é resultado de trabalho e eu devo tudo para meus treinadores, minha família e para os fãs, que são o motivo deste esporte
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Antes de tudo, eu mereço a oportunidade de lutar pelo cinturão. Eu não estou pedindo, eu conquistei essa oportunidade. Eu quero a chance. Eu vou acabar com o Luke Rockhold se eu pegar ele
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Acho que matematicamente eu sou merecedor, mas não depende só de mim, chegou a hora e todo mundo precisa pedir. Perdi só duas lutas contra caras duros. Eu quero essa chance agora
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Não tem mais disputa de cinturão. Agora vai ser uma luta de cada vez. Tenho de voltar para casa refletir, conversar com a minha família, com meu treinador e ver o que vamos fazer
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É assim no peso pesado. Mas acho que sou mais completo que ele. Eu estava um pouco avoado, estava com a visão aberta. Às vezes acontece. Eu acho que eu mereço a revanche
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Estou p... com a interrupção. As lutas que continuaram no mesmo octógono na mesma noite mostraram que a interrupção da minha foi definitivamente prematura
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Heuler Andrey/UOL A lutadora mais festejada e mais emocionada do UFC 198 em Curitiba foi Cris Cyborg, Não que seja uma grande novidade em sua carreira o atropelo que ela deu sobre a norte-americana Leslie Smith em menos de 1min30. Vitórias rápidas são bem comuns para a curitibana.
A emoção principal era pelo fato de ela finalmente ter conseguido estrear no UFC, depois de tanta gente falando que isso nunca aconteceria - incluindo o próprio presidente Dana White. Ela chegou a pensar que isso nunca aconteceria em sua vida, tanto pelo corte de peso (ela lutou em um peso combinado), quanto pelas negativas que sofreu nos últimos anos.
Essa luta foi tão importante para ela que Cris nem mesmo provocou Ronda Rousey.
"Esse momento é meu, é histórico, nunca pensei que eu estaria sentada aqui. Pode tirar bastante foto. É um momento meu, falar dela agora não entra. Mas vão falar. Mas eu deixo meus fãs escolherem minha adversária e eu só tenho que treinar", explicou.
Mas seu futuro no Ultimate é incerto. Isso porque a categoria em que ela é campeã no Invicta FC não existe no UFC (pesos pena, até 66kg). Ela já adiantou que quer defender seu cinturão, então sua passagem pelo UFC deve se resumir apenas a participações especiais como esta.
Reprodução “Não tenho que dar qualquer desculpa. Ele foi melhor que eu nesta noite.” Foi desta maneira que Fabrício Werdum explicou a derrota para Stipe Miocic, que lhe custou o cinturão dos pesos pesados do UFC, diante de 45 mil pessoas na Arena da Baixada, em Curitiba.
Mas não foi somente um dia melhor do norte-americano. Por mais que ele negue, o gaúcho deixou de ser campeão por uma série de erros que ele cometeu, antes e durante a luta principal do UFC 198.
Heuler Andrey/UOL Cleveland pode comemorar mais do que qualquer outra nos Estados Unidos a rápida vitória de Stipe Miocic sobre Fabrício Werdum. Agora, a cidade finalmente tem um campeão, algo que não acontecia desde 1964.
Mais que isso, o norte-americano conseguiu essa façanha antes de outro astro local: Lebron James, ala-armador do Cleveland Cavaliers, da NBA, e um dos maiores nomes do basquete mundial nos últimos tempos.
Desde que o Cleveland Browns ganhou o título do futebol americano em 1964, a cidade, também representada na NBA pelos Cavaliers e no beisebol com o Indians, jamais ganhou um troféu. E isso era algo que incomodava muito o pessoal de lá.
Card principal
Stipe Miocic nocauteou Fabrício Werdum a 2min47 do 1º round
Ronaldo Jacaré nocauteou Vitor Belfort a 4min38 do 1º round
Cris Cyborg nocauteou Leslie Smith a 1min21 do 1º round
Maurício Shogun venceu Corey Anderson por decisão dividida dos juízes
Bryan Barberena venceu Warlley Alves por decisão unânime dos juízes
Card preliminar
Demian Maia finalizou Matt Brown (mata-leão) a 4min31 do 3º round
Thiago Marreta nocauteou Nate Marquardt a 3min39 do 1º round
Massaranduba venceu Yancy Medeiros por pontos, em decisão unânime dos juízes
John Lineker venceu Rob Font por pontos, em decisão unânime dos juízes
Rogério Minotouro nocauteou Patrick Cummins a 4min52 do 1º round
Serginho Moraes e Luan Chagas empataram por pontos
Renato Moicano venceu Z. Tukhugov por pontos, em decisão dividida dos juízes
