Inovou para competir com estrangeiros
Atleta profissional nos Estados Unidos, depois de ser 11 vezes campeão estadual pelo Botafogo, Bebeto de Freitas começou cedo a vida como treinador. Tinha apenas 31 anos quando assumiu o compromisso de levar uma seleção, que viria a ser conhecida como a "Geração de Prata", para os Jogos de Los Angeles. No elenco, muitos eram seus ex-companheiros.
Foi ele quem criou a escola brasileira de vôlei
É o que diz Montanaro, uma das estrelas do time que colocou, para sempre, o país no mapa do vôlei mundial. "O Bebeto revolucionou o vôlei brasileiro, a forma de treinamento. Ele colocou a filosofia de trabalho dele e apostou todas as fichas nesse sistema", diz o jogador, um dos muitos a lamentar a morte do antigo mestre.
Os treinos passaram a ser sempre em dois turnos. "Se o japonês treinava saque três horas por dia, vamos treinar cinco. Se o russo treina bloqueio duas horas por dia, vamos treinar quatro. Foi essa a filosofia que levou aquela geração tão longe", comenta Paulo Roscio, diretor do documentário "Geração de prata - O divisor de águas do vôlei brasileiro", de 2007. "A repetição é que faz o campeão", completa Bernard Rajzman. O time foi vice-campeão mundial (em 1982) e olímpico (em 1984).