Apesar de ser um técnico conhecido na Europa, Claudio Ranieri conta com pouquíssimos títulos em sua carreira – apenas cinco taças de expressão. O maior deles viria, justamente, com o inexpressivo Leicester. Mas se hoje o italiano de 64 anos é visto com honras, no começo da temporada a pressão da mídia era por sua aposentadoria.
Ranieri chegou ao Leicester depois de uma passagem para esquecer pela seleção da Grécia, com quatro partidas e nenhuma vitória. A demissão veio após uma derrota para Ilhas Faroé, por 1 a 0, pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2016.
O último grande trabalho do treinador italiano acontecera na temporada 2009/10, na Roma, clube que o revelou para o futebol. Lá, Ranieri perdeu a liderança para a Inter de Milão a quatro rodadas do fim, mas foi o responsável por uma incrível campanha de recuperação, que contou com uma invencibilidade de 24 partidas consecutivas.
No comando do Leicester, Ranieri mostrara a cada rodada, que ainda tinha algo a contribuir com o futebol. Com um time que não jogava bonito, mas demonstrava uma determinação impressionante em campo, o italiano tirou de suas costas a pressão do início da temporada. A imagem mais representativa da campanha aconteceu na 33ª rodada, com as lágrimas soltas após a inesperada classificação para a Liga dos Campeões. Ali, Ranieri colocava de vez seu nome na história do futebol, junto com uma das histórias mais incríveis produzidas pelo esporte.