Especialmente com pneus de alto desgaste como os utilizados atualmente pela Fórmula 1 e em um dia de muito calor, os pilotos têm de desenvolver a arte de vencer da maneira mais lenta possível. E foi isso que Lewis Hamilton fez, controlando o ritmo em relação a sua única ameaça real na prova, Nico Rosberg, superado com facilidade ainda na largada. Em nenhum momento na corrida, como tem sido de praxe, o inglês deu qualquer indicativo de que não tinha a corrida nas mãos.
Imagem: Mark Thompson/Getty ImagesO espanhol foi o sétimo colocado em todas as sessões deste final de semana, o que significa que extraiu o máximo do carro, claramente a quarta força no GP da Hungria. Mas o bicampeão mostrou serviço especialmente na classificação, antes da rodada que acabou sendo capital para a definição do grid, quando por várias vezes fez o melhor tempo quando as condições estavam mais difíceis.
Imagem: Charles Coates/Getty ImagesO finlandês teve a classificação comprometida em mais um erro estratégico da Ferrari na temporada, largou em 14º, mas fez um grande trabalho especialmente na primeira parte da prova para recuperar oito posições ao mesmo tempo em que fazia os pneus durarem por 29 voltas. No final, foi para cima de Verstappen e não desistiu até a última curva, mesmo com a asa danificada.
Imagem: Dan Istitene/Getty ImagesOs comissários da FIA muitas vezes são criticados pelo excesso, mas neste final de semana criaram um precedente perigoso ao não punirem Nico Rosberg após a classificação. O piloto tirou o pé por 30m e perdeu apenas um décimo em sua volta mais rápida em um trecho sob bandeira amarela dupla, que significa que o piloto tem de "diminuir significativamente a velocidade e estar preparado para parar". E olha que foi a mesma FIA que prometeu linha dura no cumprimento desta regra depois da morte de Jules Bianchi, cujo acidente ocorreu justamente em um trecho de bandeira amarela dupla.
Imagem: Darko Vojinovic/APTodo o final de semana da Williams foi marcado por um vai e vem de peças. Há algumas corridas, o time não consegue se decidir entre as asas dianteiras que vem testando, e na Hungria, ainda avaliou um novo assoalho apenas no carro de Valtteri Bottas. O time admite que tem dificuldades para entender os pneus e qual a melhor configuração para seu carro e, enquanto isso, está vendo a Force India se aproximar. A diferença já é de apenas 20 pontos.
Imagem: Mark Thompson/Getty ImagesEstreante nesta temporada, o inglês Jolyon Palmer vem colecionando erros nesta temporada. O carro da Renault não é dos mais fáceis, mas a performance do campeão da GP2 de 2014 está deixando a desejar. Na Hungria, Palmer até se classificou à frente de Kevin Magnussen, raridade no ano, mas rodou sozinho quando estava próximo de conquistar seu primeiro ponto na F-1.
Imagem: Paul Crock/AFPCom a pista seletiva, o clima quente e a proximidade de Budapeste, o GP da Hungria é um dos queridinhos do calendário de quem trabalha na F-1 - e também dos fãs, que comparecem em bom número, vindos especialmente da Finlândia e Suécia. Porém, as instalações estão longe de serem as mais modernas. O GP, que entrou no calendário em 1986 e assinou neste ano a extensão do contrato em vigor, que iria até 2021 e agora tem duração até 2026, passaria por uma extensa renovação. Porém, para este ano, a reforma se resumiu a um novo asfalto. O restante da reforma está previsto para os próximos dois anos.
Imagem: Charles Coates/Getty ImagesA Sauber anunciou na última semana sua venda para o grupo de investimentos suíço Longbow Finance S.A., mas são fortes os boatos no paddock de que quem estaria realmente por trás do negócio, que salvou a equipe, é uma empresa sueca, que representa mais de 80 marcas, entre elas a Tetra Pak. O dono, o bilionário Ruben Rausing, estaria interessado em usar a F1 como plataforma de divulgação, assim como a Red Bull faz atualmente. Porém, perguntado sobre o tema em Budapeste, o piloto Marcus Ericsson se limitou a dizer que não se envolve nas questões políticas da equipe - e também não negou o investimento de seus compatriotas.
Imagem: Mark Thompson/Getty ImagesUm dos nomes mais comentados do mercado de pilotos para a temporada 2017, Sergio Perez confirmou que tem um contrato com a Force India. Porém, o mexicano disse não saber se continuará na equipe no próximo ano. Isso porque a equipe exerceu a opção que tinha para renovar o acordo atual por mais um ano, mas os patrocinadores do piloto ainda não garantiram o suporte financeiro. E, sem dinheiro, Perez perderia a vaga no time.
Imagem: Eduardo Verdugo/AP