Torcida única: apareceu a solução?
A discussão sobre violência no futebol pode até ser recorrente, mas sempre ganha novos elementos. No Brasil, o assunto da vez é a adoção de torcida única, que o Ministério Público conseguiu implantar nos clássicos de São Paulo desde abril de 2016. Já foram 27 partidas disputadas sem a presença dos torcedores visitantes.
Segundo o MP-SP, os números desses clássicos são o maior argumento favorável à torcida única. A conta do órgão é que o público nos estádios aumentou, mas a demanda por policiais diminuiu e os confrontos entre torcedores tiveram queda de pelo menos 50%.
A confiança do MP-SP nas políticas de controle adotadas no Estado é tão grande que o órgão até aceitou rever outros pontos. Em reunião realizada na última segunda-feira (24), o promotor Paulo Castilho admitiu derrubar o veto a itens como bandeiras, instrumentos musicais e uniformes de torcidas organizadas. As contrapartidas para isso ainda serão apresentadas, mas é um caminho para que a festa não seja tão esvaziada.
“É um laboratório. A torcida que não se comportar a gente não tem nenhuma dúvida de retroceder. Se tiver um retrocesso, aí ficaria uma coisa quase definitiva. A torcida que não cumprir, esquece”, disse o promotor.