Achou ruim?

Primeira mulher trans no vôlei feminino brasileiro, Tifanny reforça direito de jogar entre choro e desabafo

Demétrio Vecchioli e Gabriel Carneiro Do UOL, em São Paulo
Paulo Camilo/UOL

O que não faltou foi gente para achar ruim. Mesmo dentro das regras, a jogadora de vôlei Tifanny Abreu enfrentou ataques até mais pesados do que aqueles que ela executa em quadra. Ela foi a primeira mulher transgênero a jogar na elite do esporte feminino no Brasil, com a camisa do Vôlei Bauru (Sesi Vôlei Bauru a partir deste ano).

O bom rendimento chamou atenção. De apoiadores da causa inclusiva, mas também de opositores, como jogadoras. E o debate, que começou sobre a suposta vantagem física em relação às outras mulheres pelo fato de ter se desenvolvido como homem e feito a transição de gênero aos 29 anos, invadiu outras esferas, gerando xingamentos e ameaças. Ao UOL Esporte, ela refletiu sobre tudo o que cerca seu nome há quase um ano - foi quando decidiu deixar o vôlei europeu e se aventurar na terra natal.

Ao longo de quase duas horas, diz "dane-se" para quem "achou ruim" sua presença na Superliga e expõe fragilidade: a homofobia sofrida nos tempos em que jogava entre homens, a depressão antes de optar pela transição de gênero, o ressentimento em relação à medalhista olímpica Ana Paula e outros que questionam seu direito de jogar, o temor pela aposentadoria precoce em razão do nível hormonal pesado, a campanha frustrada para deputada federal em São Paulo e até um posicionamento que ainda não havia feito: Tifanny acha que o motivo de tanta crítica é o fato de ela jogar bem.

"Você não pode se destacar. Você só pode ser ruim e levar bolada, não pode ser a que dá bolada. Você tem que ser a mal falada, você tem que ser a que é discriminada. Por quê? Porque você é uma trans. Mas não é assim. A gente pode bater e pode apanhar, pode chorar e pode sorrir".

A lei é para todos, não é só para um. É por isso que eu luto."

Marcos Takeshi/Agência Look Marcos Takeshi/Agência Look

Vantagem física entre mulheres? "Eu sofro mais do que elas"

A estreia de Tifanny na Superliga feminina de vôlei, em dezembro de 2017, gerou uma série de contestações. Apesar do amparo nas regras do COI (Comitê Olímpico Internacional) e a permissão específica da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para competir profissionalmente entre mulheres, sua entrada na elite do esporte foi cercada por polêmicas. O principal motivo é uma suposta vantagem física em relação a outras jogadoras, pois Tifanny viveu a puberdade e jogou vôlei antes da transição de gênero, ainda identificada como homem. As próprias regras do esporte identificam vantagem física dos homens em relação às mulheres, que jogam com rede mais baixa.

"Às vezes, eu sofro mais do que elas", rebate Tifanny, que não vê como justas as contestações. Segundo a jogadora de 33 anos, seu esgotamento físico é mais rápido que o das companheiras, assim como a lentidão da recuperação. Ela também sente mais cãibras que o normal e é constantemente substituída durante as partidas. "O meu nível de hormônio é tão pesado que acaba afetando a saúde. Às vezes, penso que queria jogar mais 5 ou 6 anos, mas pode ser que eu não aguente", teme.

A regra do COI é que uma mulher competidora precisa ter um nível baixo de testosterona por litro de sangue, porque é o hormônio que forma massa muscular. Tifanny perdeu força física por causa do tratamento. Muitas meninas de seu próprio time têm níveis de testosterona mais altos do que ela. "Eu fui homem e tive a testosterona de homem. Hoje sou uma mulher e tenho hormônios somente de mulher. Tenho totalmente o nível de uma mulher." Tifanny resume o desabafo em uma constatação: "Gente, é lei. Como existe a Lei Maria da Penha, que diz que a mulher precisa ser respeitada, que o homem tem que respeitar a mulher dentro e fora de casa, não pode agredir. Não pode e pronto. Não se pode ir contra uma lei."

Tifanny desacredita mitos

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"Seleção feminina só com trans seria imbatível"

"Quando você vira uma mulher trans, você não vai ganhar um time de vôlei. Você vai ter que ser uma jogadora boa. E você sendo um jogador bom, não quer dizer que vai ser uma jogadora boa, porque na sua transição existem muitos altos e baixos. Você pode engordar ou emagrecer, pode adoecer, pode ficar louca da cabeça ou pode se matar antes da hora, porque você entra em depressão. Você nunca sabe se vai chegar lá, entendeu? Você tem que ser você. Se você se sente uma mulher trans, seja uma mulher trans. Se você vai ser jogadora ou não, isso o tempo irá te dizer. Eu, graças a Deus, estou aqui."

Divulgação/Vôlei Bauru Divulgação/Vôlei Bauru

"Ela está segurando a mão para não dar na cara"

"Se eu segurar, eles vão ver que estou segurando e me mandam embora. Porque, ó, tem outra para entrar no lugar. Eu vou segurar um braço que eu, sinceramente, sei que eu já não tenho mais? Eu queria era dar mais forte, mas não consigo. Eu queria saltar mais,nas não consigo. Eu senti uma facilidade nas duas primeiras semanas, nos dois primeiros jogos. Depois, meu corpo se acostumou. Cada ano que vai passando, cada dia, eu vou caindo mais, pela idade, pelo hormônio. E a força já era uma força feminina e agora vai ficando uma força feminina idosa, né? Segurar, nunca segurei. E pretendo não segurar."

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Preconceito como homem afeminado fechou portas

Uma das críticas feitas a Tifanny é que ela não foi um jogador de alto rendimento quando se identificava como homem, mas agora é uma jogadora top entre as mulheres após a transição de gênero. O tema a irrita e emociona. Irrita porque, segundo ela, quem diz isso "não me conhece e não buscou a minha história". E emociona porque remete a um caso de 2003, quando ela tinha 18 anos de idade e ainda atendia como Rodrigo Pereira de Abreu.

Em seu segundo ano no vôlei, uma peneira do tradicional Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, parecia o caminho mais próximo em busca da profissionalização. "Eu fiz o teste e passei, o técnico estava animado porque sentiu que eu era uma pessoa que tinha muito a dar pelo esporte", relembra. Rodrigo não jogou pelo Pinheiros. "Começo a me emocionar quando lembro..."

Rodrigo, antes de ser Tiffany, sofreu preconceito no vôlei masculino por ser afeminado: "Isso me doeu muito, saber que eu estava em um local onde eles não estavam vendo o meu trabalho, mas estavam vendo o meu andar, o meu conversar."

Assista: Tiffany conta que foi dispensada por ser "mulherzinha"

Clube nega preconceito

Em nota enviada ao UOL Esporte, o Pinheiros negou o preconceito:

O Esporte Clube Pinheiros esclarece que os processos seletivos adotados pelo clube em todas as modalidades levam em consideração critérios exclusivamente técnicos, conforme avaliação dos profissionais especializados e qualificados para a função. Entre as três áreas: formação, competitiva e alto rendimento, o Pinheiros possui um universo de 7.015 atletas de 18 modalidades, convivendo de forma saudável e respeitosa diante de suas diversidades. Em nenhum momento o presidente interfere em decisões técnicas, seja qual for o segmento esportivo do Clube.

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Ana Paula faz "futricagem", diz Tifanny

A ex-jogadora Ana Paula, medalhista de bronze em Atlanta-96, iniciou uma campanha para que Tifanny fosse impedida de jogar vôlei entre as mulheres. Recém-chegada à Superliga, ela levou um susto. Diz que não se lembrava de quem se tratava. "Fui ver uns vídeos e vi que ela brigava e depois saía correndo para trás da Márcia Fu. Porque a Marcia Fu tinha garra dentro de quadra e fora. A Ana Moser também, ela sabe trabalhar, é decente. Agora ela (Ana Paula), em vez de caçar uma coisa para fazer, está tentando fazer futricagem".

Agora, Tifanny sabe quem é Ana Paula e não nutre bons sentimentos. "Foi a primeira pessoa que começou a incitar o ódio contra mim", lembra a jogadora que, tal qual seu próprio nome de batismo, evita pronunciar o nome de Ana Paula. "'Ai, que eu sou formada em fisiologia; ai, que eu sou professor de educação física... Gente, você é professor de educação física. A primeira transexual que você conhece na sua vida sou eu, porque você me viu pela televisão. Você nunca me pegou pelo braço, nunca passou a semana comigo sabendo quais são meus resultados de sobe e desce."

Delicada ao falar, Tifanny sobe o tom sem perder a tranquilidade ao tratar de Ana Paula. Argumenta que a carta aberta ao Comitê Olímpico Internacional que a ex-jogadora publicou em sua coluna no jornal Estado de S.Paulo só saiu na internet, "porque o COI amassou e jogou fora". "Ela é tão ridícula que vem falar de doping. Doping é você enfiar coisa para você ficar melhor que os outros, não você retirar. Eu não coloquei nada para ficar melhor. Então, eu não estou num doping, minha amiga. Eu estou abaixo do doping."

Em entrevista ao UOL publicada em 14 de setembro, Ana Paula comentou o caso e reforçou: "A principal barreira que as mulheres vão enfrentar no esporte é a inclusão de transexuais."

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Ameaças na internet viraram rotina

O desconforto com que Tifanny fala de Ana Paula tem razão de ser. A jogadora transexual diz que passou a receber ameaças de morte depois que a hoje influenciadora digital iniciou um movimento para impedir Tifanny de jogar. No entender dela, com discurso de ódio.

"Recebi ameaças de morte depois dessa carta dela. Ela incitou um grande ódio contra mim à toa. Ela poderia ter sido mais humana. 'Tá, não sou de acordo com ela, então vou lá no COI perguntar qual é'. Ela já ia entender. Mas a forma com que ela fez, nossa...", critica Tifanny.

Desde então, a jogadora convive com agressividade por uma parte do público, especialmente na internet. "Eu recebi mensagens horrorosas. De gente me falando que ia me matar se me visse dentro da quadra jogando. Então, tipo, eu... o que que eu fazia? Eu só tinha que bloquear as pessoas. Fui bloqueando e apagando essas mensagens, essas coisas, porque fiquei com medo".

Você está lá fazendo o seu trabalho quando você recebe uma mensagem falando que vão te matar. Que você é um veado, filho da puta. "Por que você não vai jogar com os homens, seu macho sem vergonha?" Eu sou obrigada a ficar ouvindo essas coisas de uma pessoa que eu nem conheço?

Tifanny Abreu

Tifanny Abreu, Jogadora do Sesi Vôlei Bauru

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Primeira cirurgia para mudar sexo só tirou a "cereja do bolo"

Imagine um bolo com uma cereja em cima. Aí tira a cereja. Fica o bolo. Pois é com essa analogia que Tifanny explica por que não ficou satisfeita com a primeira das duas cirurgias de mudança de sexo a que se submeteu. A cereja são os testículos. "Eu acabei ficando com o que eu não gostava ali, meio que enganada", conta Tifanny, rindo, e fazendo rir. "Continuou tudo! Só saiu o enfeite".

Tirar o enfeite foi o barato que custou caro: US$ 6 mil. Foi preciso juntar dinheiro de novo, desta vez jogando em um time masculino da Bélgica e trabalhando como telefonista na Holanda, para, aí sim, fazer a cirurgia definitiva, correta, que lhe custou outros cerca de US$ 12 mil no total - incluindo passagem e hospedagem.

"Refiz de novo tudo, aqui na Argentina. Aconselho as meninas que quiserem fazer: é mais barato que outras, como de Portugal, da Tailândia. É mais prático para ir e voltar", conta a jogadora, que ressalta a importância de grupos de discussão nas redes sociais para trocar experiências sobre cirurgias e outras dúvidas comuns entre as transexuais. 

Os procedimentos de readequação sexual começaram em 2012 e também envolveram implante de silicone, desenho de traços faciais, redução do pomo de Adão e voz. "A gente não encontra essas informações no jornal da tarde que você está assistindo: ‘ah, abriu uma oportunidade para as meninas transexuais fazerem o seu tratamento aqui no SUS’, não encontra. Se uma não for lá e falar, 'ó, vamos fazer', as outras não vão saber. Nós precisamos de um pouco mais de informação, também."

Roberto Pallu Roberto Pallu

Transição salvou Tifanny da depressão

Minha mãe até chegou a perguntar pra mim: 'Minha filha, porque você não falou antes?'

"Eu falei, 'Mãe, como que eu ia falar para a senhora naquela época?' Hoje, nós mulheres transexuais estamos começando a abrir o olhar do povo que podemos fazer qualquer trabalho, podemos ser vistas como uma mulher normal. Antigamente, não".

A transição de gênero tirou Tifanny da depressão. O quadro foi diagnosticado na Europa, quando ainda tentava carreira no vôlei masculino, mas descobriu que não era gay, como sugere a convenção: "Eu sou uma menina". O medo de não ser aceita agravou o quadro de depressão. "Demorou até eu ter coragem de falar assim: 'eu não quero saber mais da sociedade que está contra, eu não quero saber quem é contra, quem vai me criticar ou não. Eu vou ser feliz e quem gostar de mim, vai gostar de mim como eu sou’. Foi quando eu decidi parar de jogar vôlei e começar a minha transição completa".

Não passava pela cabeça de Tifanny a opção de continuar jogando vôlei: "Como todo ignorante que me ataca, eu não sabia que era possível", diz a jogadora. Até então, ela achava que seria injusto jogar entre mulheres: "Eu vou matar uma, né?", pensava. Um técnico do masculino é quem a alertou que, ao terminar a transição, ela estaria dentro das regras para atuar entre mulheres. E assim foi. "É o que eu sempre gostei de fazer. Eu não tive medo. Não estava roubando, não estava fazendo nada de errado".

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Pará, Abreu ou Batutinha

Foram sete tentativas frustradas até que Tifanny, já grandinha, recebesse na testa a água gelada da pia batismal. A ausência dos padrinhos, a queda do cavalo e todas as outras eventualidades que atrasaram em oito anos seu batismo eram um sinal. Ela nunca quis carregar o nome pronunciado pelo padre. Hoje, se ouve aquelas três sílabas, se assusta. "É como se fosse um passado que não me pertenceu".

Tifanny não pronuncia seu nome de batismo; se refere a ele como "aquele nome". Um recado claro de que considera ser chamada por "aquele nome" como uma ofensa. Na época de vôlei masculino, nunca o escreveu nas costas dos uniformes. Preferia "Pará", seu apelido, ou "Abreu", seu sobrenome, com o qual rodou a Europa - por lá, a referência ao Estado brasileiro de origem não fazia muito sentido.

Entre os jogadores, porém, muitos já o conheciam por Tifanny, nome que recebeu ao ser acolhida por um grupo de atletas homossexuais. "Eu chamava um dos meninos de 'Madrinha'. Um dia ele falou assim: 'Eu vou te dar um nome. Quando toda filha nasce, a mãe dá um nome. Você está renascendo agora, como uma nova pessoa, e eu vou te dar um nome de menina'. E me deu o nome de Tifanny."

Quando foi alterar sua documentação e indicar um nome social, Tifanny não teve dúvidas. "Minha mãe até perguntou por que não escolher um nome mais fácil, mas eu falei: 'Vou trocar para que? Três vezes? Vou só confundir o povo. Esse aí ninguém nunca me chamou mesmo".

Nem a família: em casa, Tifanny é a "Batutinha".

No radar da seleção, mas sem convocação

Depois de ser um dos destaques da Superliga, Tifanny passou a ser cotada para defender a seleção brasileira na Liga das Nações e no Mundial de vôlei feminino. Publicamente, o técnico José Roberto Guimarães dizia que, uma vez que não havia restrições à sua convocação, ela poderia ser chamada para reforçar a equipe. Mas, ao mesmo tempo em que Zé Roberto anunciava a primeira convocação do ano, a CBV revelava ter sido informada pela FIVB da criação de um grupo de trabalho para “estudar e definir critérios de elegibilidade dos atletas nas competições internacionais”. Na falta de uma conclusão do grupo, Tifanny não poderia jogar pela seleção em torneios da entidade.

Para a jogadora, houve interferência direta do dominicano Cristóbal Marte Hoffiz, primeiro vice-presidente da FIVB. A seleção do país dele é treinada por Marcos Kwiek, que era o treinador de Tifanny em Bauru até agosto do ano passado, quando foi demitido.

"O vice-presidente era a favor, me apoiava em tudo. Mas só enquanto nosso técnico era técnico também da República Dominicana. Quando o técnico não estava mais aqui, ele (Hoffiz) se voltou contra mim de uma forma que eu não sei o motivo. Talvez porque, até então, ele me queria porque eu estava no time do técnico dele, né? Fiquei sabendo que ele estava tentando me derrubar lá dentro".

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Pauta progressista não garantiu eleição para deputada federal

Com 3.889 votos, Tifanny passou longe de se eleger deputada federal por São Paulo. Candidata pelo MDB, o mesmo do candidato derrotado ao governo Paulo Skaf (presidente do Sesi, seu atual clube), fez uma campanha relativamente cara para os padrões atuais, apesar de ter sido apenas a 374ª mais votada.

No total, gastou quase R$ 296.957,54, financiada grande parte pelo Diretório Estadual do partido (que cedeu R$ 300 mil e é controlado por Paulo Skaf), mas também por uma doação de R$ 11 mil de Reinaldo Mandaliti, presidente do Vôlei Bauru e responsável por sua contratação. O valor parece alto, mas é menor do que o partido do presidente Michel Temer investiu em candidatos como Junji Abe, Beto Mansur, Baleia Rossi e Herculano Passos, que receberam R$ 1,5 milhão cada -. Só os dois últimos se elegeram.

Tifanny, porém, apresentava uma pauta progressista. No entender dela, por exemplo, "ideologia de gênero" passou a ser entendida como "sacanagem" por causa do "homem sem vergonha". "Ele vê tudo como uma sacanagem, porque a cabeça dele acha que é a cabeça do outro. A ideologia de gênero só vai ensinar a criança que ela tem que respeitar todos. Mas muita gente está pensando que vai chegar na criança e falar assim: 'olha, sexo à vontade! Com homem e com mulher, putaria à vontade'. Quem pensa dessa forma é a pessoa que está cometendo estupro. A gente não pode ficar mentindo para uma criança, porque ela vai aprender de uma forma pior depois, não é?"

Segue ou bloqueia? Tifanny fala sobre Temer, Pablo Vittar e mais

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