A sexta-feira é de anticlímax. Não tem bolo, balões ou fotos no Instagram. Daiana, a esposa, pede para Reinaldo esquecer um pouco, mas não adianta. Ele fica isolado nos cantos lembrando do pai. Mas Reinaldo sabe que tem sido um bom filho.
“Meu pai se chama Petrúcio e eu tenho certeza que, de onde ele estiver, está me vendo e está muito orgulhoso deste filho que ele tem”, afirma, usando o verbo no presente.
A certeza da aprovação é muito importante porque o amor de Reinaldo é incondicional. Ignora facetas difíceis de passar por cima. Petrúcio morreu de cirrose. O estilo de vida não colaborava com a manutenção de um casamento, mas não abalou a relação pai e filho.
“Eu meio que via algumas brigas deles. Quando minha mãe me chamou [para contar da separação], eu fiquei muito triste, chorei muito. Mas eu preferi ir com minha mãe porque meu pai saía muito para beber, essas coisas. Mas eu mantive uma relação muito boa com ele. Sempre visitava, dormia na casa dele. Nunca deixei de amar meu pai por causa da separação”.