O rugido da Leoa

Como a baiana Amanda Nunes superou homofobia e desconfianças para ser maior estrela brasileira do UFC

Jorge Corrêa e Karla Torralba Do UOL, em São Paulo
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Os 48 segundos que Amanda Nunes precisou para vencer Ronda Rousey se transformaram em meses de fama merecida. A campeã peso galo do UFC estava rouca quando começou a falar. Vinha de uma maratona de visitas a diversos programas de televisão do Brasil. O clima diferente de Rio de Janeiro e São Paulo castigou Amanda. A maratona ainda não tinha terminado.

Programas da Rede Globo e de outras emissoras, eventos esportivos e até mesmo o papel de comentarista no UFC Fortaleza foram alguns dos compromissos de Amanda Nunes em suas “férias”. A visita à família na pequena Pojuca (BA), onde cresceu, acabou ficando para depois. Mas tudo por um bom motivo: reconhecimento.

Amanda Nunes diz que as coisas acontecem de forma muito natural em sua vida. Virou lutadora de MMA por acaso, quando resolveu “ver como era o esporte” e descobriu o seu talento mesmo apanhando. Não foi por acaso, no entanto, que conquistou o cinturão do maior evento de MMA do mundo. Finalizou Miesha Tate e ganhou o título.

Mas ainda assim era uma campeã desconhecida. Não teve o reconhecimento grande como uma estrela. Era a primeira brasileira campeão do UFC, a primeira homossexual a conquistar o cinturão, mas era preciso mais. Aqueles 48 segundos foram necessários para Amanda reafirmar seu nome na história da modalidade. Não havia mais dúvidas.

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De onde vem a força de Amanda

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Da mãe, dona Ivete, Amanda diz ter herdado uma de suas principais características como lutadora e como mulher: a garra. Ivete criou Amanda e as irmãs sozinha na pequena cidade de Pojuca, na Bahia, e nunca a deixou trabalhar para ajudar nas despesas da casa. O esporte e o estudo eram prioridades.

“Minha mãe foi uma mulher guerreira. Não faltava nada em casa, na escola tinha tudo o que era necessário para estudar para educação. Tudo realmente que eu queria ela dava um jeito de conseguir, de me dar de presente... Fui feliz. Isso que é o mais importante, ela conseguiu me fazer feliz. Eu e minhas irmãs. Uma coisa que me admira bastante, a garra que ela teve para criar a gente”, comentou.

Dona Ivete era assistente de administração em uma escola, vendia cachorro quente, doces na casa da família e produtos de beleza.  “Ela se virava nos 30 para manter a casa. Minhas duas irmãs começaram a trabalhar cedo para ajudar em casa e quando elas saiam, minha mãe falava: ‘não vai, não precisa. Pode deixar comigo, tem dinheiro aqui para a gente sobreviver e o que precisar’. Mas minhas irmãs queriam ajudar. Eu era muito pequenininha e elas ajudaram a minha mãe a me criar”.

A falta do pai e o pedido de perdão

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Amanda era campeã e não teve respeito

Em outubro de 2016, o UFC anunciou que Amanda Nunes faria sua defesa de cinturão contra Ronda Rousey. Era o início de uma intensa divulgação do retorno da ex-campeã peso galo. A brasileira acabou em segundo plano e frustrada para a sua primeira defesa de título.

“O show foi para a Ronda Rousey. Eu fiquei machucada, claro, por ser campeã, eu não tive o respeito que eu esperava. Minha preparação foi muito difícil. É difícil para um campeão não ouvir falar nada da sua preparação sendo que eu estou no mesmo foco que ela (Ronda). Eu ali, batalhando para estar bem na luta e tudo, e o evento nem aí para mim”, disse Amanda.

Em 48 segundos tudo mudou. Amanda massacrou a lenda do MMA feminino, que apenas chorou. A Leoa se viu livre, não tinha mais o que provar para ninguém e explodiu. Mandou a torcida ficar em silêncio, gesto que fez com que se arrependesse depois.

“Eu liguei para o Dana Withe e disse que falei algumas coisas que foram um pouco pesadas, mas que queria que entendesse que eu estava machucada, sentida e eu não consegui conter a adrenalina. Pedi perdão a ele, aos fãs e a Ronda”, comentou.

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"Ronda foi uma estrela vazia de espírito de luta"

A relação de Amanda Nunes e Ronda Rousey é apenas dentro do octógono. Após vencer a americana, a brasileira foi até a rival e a abraçou. Foi ignorada. Ronda também não falou com a imprensa e esse comportamento, para Amanda, mostra que a rival é “vazia”.

“Ela não quis nem falar comigo depois da luta. Nem os coaches dela vieram cumprimentar. Acho que Ronda precisa aprender muito ainda. Para ser uma atleta completa, ela ainda tem que aprender muito. Ela foi estrela, mas vazia de espírito de luta. Eu prefiro ter meu espírito de luta forte, respeitar, do que ser estrela vazia. Isso eu gosto muito de frisar”, comentou.

Quando venceu Miesha Tate e conquistou o cinturão, Amanda Nunes sabia que havia chegado a hora de provar sua capacidade e que isso só seria possível encarando a estrela do MMA feminino Ronda Rousey, fora do UFC desde a derrota para Holly Holm, em novembro de 2015. Então ela pediu:

 

O meu foco sempre foi a campeã, que era a Ronda Rousey. Eu pedi ao UFC. Foi no momento certo. A Ronda foi a pessoa que mudou a cabeça do Dana White e tudo. De alguma forma o MMA feminino iria estourar se Ronda Rousey não existisse, mas ela foi uma pessoa que adiantou esse processo e ainda num lado que o UFC gosta, que é aquela coisa da mídia, da beleza, que fez a junção do esporte, com aquele marketing.

Amanda pediu e Ronda aceitou

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"Às vezes é preciso perder"

A última vez que Amanda sangrou pra valer no octógono foi em 2014, em sua primeira e única derrota no UFC para Cat Zingano. Foi o momento mais difícil de sua carreira, mas ela mesmo admite que “era necessário perder”.

"Eu estava muito bem preparada e deixei a luta escapar pelas minhas mãos. Quando eu voltei no segundo round, eu já não estava mais na luta. Perdi ainda mais de uma forma que não era para ser, não era para ter calçado. Depois daquela luta eu tive que fazer várias pesquisas, vários exames para saber qual o motivo da derrota, porque eu estava muito bem preparada. Meu corpo estava muito bem, era o que eu pensava", recordou.

"Com certeza foi uma derrota necessária, foi o momento certo. Eu tinha que fazer algumas mudanças na minha vida e tinha que ser naquele momento. Aquele momento era crucial. Eu absorvo aquela derrota como uma ajuda para o meu crescimento, tanto como lutadora, como pessoa também".

A primeira mudança foi mudar de academia. É muito importante treinar em um ambiente que você se sinta bem. Também procurei psicólogo e fiz vários exames, para saber qual era meu nível de oxigênio no sangue. Se o nível não estiver de acordo, você cansa mais rápido, fadiga mais rápido. No dia da luta meu corpo não aguentou. Eu dei muito e o corpo não reagiu, porque o corpo já estava cansado de todo o treinamento que tinha feito

Amanda Nunes, sobre ter mudado o estilo de vida após Cat Zingano

O segredo era relaxar um pouco mais, ter o controle mental, que eu não tinha. O que eu pensava era certo e pronto, nunca parava e conversava com a pessoa do meu lado. Comecei a ouvir as pessoas do meu lado, a Nina, minha irmã, os meus treinadores e tudo. Fui mais paciente até comigo mesma e encontrei meu equilíbrio. É muito difícil, todo lutador precisa encontrar seu equilíbrio. Eu tenho outra vida fora da academia agora

Amanda Nunes, sobre o trabalho mental que fez após a derrota

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A primeira campeã homossexual

Eu sou a primeira campeã gay. O preconceito ainda está muito grande com isso. E eu quero ajudar de certa forma, mostrar para as pessoas que o respeito é mais importante de tudo e o amor. Onde existe o amor, existe a paz. E é isso que prevalece. A própria pessoa que às vezes fica desconfortável e não sabe. Então eu acho que esse foi um ponto positivo, eu conseguir dividir esse momento da minha vida e abrir meu coração. Quero ajudar nisso.

Sobre servir de exemplo também por sua opção sexual

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"Cansei de esconder e ter de beijar meninos"

Antes de se tornar a primeira lutadora homossexual campeã do UFC, Amanda Nunes precisou aceitar a própria opção sexual. Contar para a família não foi algo natural, mas uma surpresa.

“Com seis anos de idade eu me apaixonei por uma menina, mas nunca tive coragem de contar. Deixei. Fui crescendo e cansei de esconder, ter que beijar alguns meninos na frente da minha irmã. E namorar na porta para minha mãe não pensar nada e ficar preocupada com as pessoas também. Teve um dia que eu cansei. Eu disse: ‘chega, tenho que ser quem eu sou, não posso viver assim para sempre’”, relembrou Amanda, que mesmo não escondendo mais, também não contou para a família.

“Uma amiga da minha irmã chegou e falou para ela: ‘vi no Facebook da sua irmã e estou achando muito estranho’. Aí ela chegou em casa e veio falar comigo. Eu tinha 14 para 15 anos. Ela perguntou e aí conversei, abri meu coração. Foi difícil no começo, leva um tempo para digerir depois…E ela que contou para minha mãe, porque  eu não tinha coragem de contar, eu não ia contar mesmo. Até hoje se ela não tivesse contado, eu não ia contar. Eu achava que não precisava”.

O MMA também juntou Amanda e Nina

Como Amanda e Nina se conheceram:

Estamos juntas há quatro anos.

Eu treinava em uma academia em Miami, e um certo dia Nina apareceu para treinar por lá e, do nada, assim, numa academia que só era eu de mulher. Para uma menina chegar e treinar lá, foi uma coisa que eu fiquei surpresa.

Fiz um primeiro treino com Nina, que é um primeiro treino específico para a luta e fiquei em choque, porque nunca treinei com uma mulher antes e foi a primeira vez que fiz um sparring. O sparring apresenta o contato direto. No caso os golpes são bem agressivos e Nina continuou lá.

Então eu pensei: ‘Rapaz, essa mina tem talento’. Começou uma grande amizade. A gente começou a ir para baladas, se divertir e tudo. E aproveitar bastante o dia que a gente não treinava e aí aconteceu e começou o namoro. Mas primeiro foi amizade.

Amanda e Nina planejam filhos

Nina entrou na minha vida para somar, algo muito grande. Nina e eu somos 24 horas juntas. É uma coisa que eu gosto muito. Quatro anos e 24 horas coladas para todos os lados. Eu não me enjoo de estar perto dela, porque além de namorada ela é minha amiga. Tudo o que faço com meus amigos, eu faço com ela, eu bato, brinco.

Sobre a união com Nina Ansaroff

Ano que vem estou planejando adotar, ter filhos. Nina quer engravidar, o sonho dela é ser mãe e vai passar por todo aquele processo da inseminação e tudo. Estou escolhendo o pai ainda. Tem alguém aí? Que pareça comigo e com a Nina? Olho azul, moreninho? Eu quero ter uma família

Sobre o desejo de aumentar a família

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Felicidade maior que a própria luta

Nina Ansaroff nunca tinha vencido no UFC. Em duas lutas, duas derrotas sofridas, que colocaram a carreira da norte-americana no evento em perigo. Quando a namorada de Amanda entrou no octógono em janeiro para encarar Jocelyn Jones-Lybarger, Amanda queria a vitória de Nina muito mais que a própria.

“Nina estava vindo de duas derrotas, sendo que foram duas derrotas que ela não mostrou quem ela era realmente como lutadora. Nem a metade, ela estava meio que travada nas duas últimas lutas e não conseguiu a vitória. Essa luta era crucial para a carreira dela e ela estava até pensando em parar por não conseguir colocar o jogo dela em prática”, relembrou.

“Quando ela ganhou foi uma felicidade, realmente eu fiquei muito feliz. Até mais do que na minha luta. É muito difícil entrar numa luta sabendo que se você perder, o evento vai tirar seu contrato. Coloquei todas as minhas energias positivas, e ela também estava muito bem focada para sair de lá com a vitória. Então aquele momento foi marcante e vai ficar para a história, mais do que na minha defesa”.

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"Pedimos ajuda de um menino e ele não quis treinar com a Nina por ser mulher"

Por ser assumidamente homossexual, é difícil uma entrevista em que Amanda não precise responder a clássica pergunta: já sofreu preconceito? A campeã peso galo feminino insiste que não, mas logo recorda de um episódio de ‘injustiça’ com sua namorada pelo fato de ser mulher.

"Eu estava treinando com a Nina na academia e a gente precisava de um menino da mesma categoria da menina que Nina ia lutar. Pedimos ajuda desse menino e ele virou para o professor e falou: ‘Olha, eu não gosto de treinar com menina, não gosto de treinar com mulher e não vai me ajudar em nada, eu preciso treinar com menino aqui’.

Nina olhou para mim e falou: ‘Não, eu vou ficar aqui porque ele vai treinar comigo sim’. Ai eu olhei para o professor e falei: ‘E agora?’. Ele disse: ‘Vamos procurar outra pessoa, melhor do que a gente ficar discutindo com uma pessoa que não merece’.

Nina estava ali para treinar mesmo, para bater de frente com ele, não estava ali para brincar. Ele não acreditou que ela poderia dar um treino forte para ele. Isso me machucou bastante. Eu conheço a Nina, eu treino com ela e sei que ela pode dar treino com qualquer um". 

Qual é a sensação de dar e levar porrada?

Finalizava homens e ganhou o respeito deles

“Eu tive que conquistar meu espaço na academia e teve que ser assim na raça”, contou Amanda sobre sua mudança para Salvador. Ela tinha que treinar com homens e passou a ser respeitada por eles.

“Se é um menino da mesma categoria, a gente vai forte, tem aquela agressividade e isso me ajudou bastante. Eu gostava, não gostava de treinar com as mulheres. Eu falava: ‘Rapaz, vou treinar com homem, se eu estou dominando um homem, batendo num homem, imagina quando eu pegar uma mulher’. Eles gostavam de treinar comigo, porque eu sou forte também. E a competição era grande”.

O segredo era a técnica e não a força. “Às vezes eu finalizava os meninos e ficava aquela coisa: ‘Amanhã eu te pego’. Eu sou mulher e nenhum menino vai esperar que eu possa finalizar. E existe a técnica, se for só na força, não finalizo, porque é uma arte suave. Era um choque até para os professores”. 

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Dona Ivete vetou carreira no futebol

Não é apenas nas lutas que Amanda tem talento. Ela quase virou jogadora de futebol. Só não se tornou profissional, porque a mãe vetou a carreira. O motivo: os estudos.

“Não deu certo, porque eu era uma menina muito danada, muito levada. Não estava indo bem na escola e minha mãe decidiu não assinar o termo de responsabilidade que o clube pede, porque eu era menor de idade e estava mal na escola, não queria nada. Aí minha mãe me puniu assim, e graças a Deus que ela não assinou. Se ela tivesse assinado hoje eu estaria, talvez, na seleção brasileira”.
 

Amanda não sabia o que era MMA, perdeu e quis continuar

Amanda estreou no MMA em um evento de transição com o já famoso vale-tudo, o Prime. Lutou contra Ana Maria, em 2008, e perdeu ao levar uma chave de braço. Mas ela sabia que tudo aquilo era apenas um aprendizado para quem ainda não tinha a formação completa nem em sua especialidade, o jiu-jitsu.

“Eu nem sabia o que era MMA. Eu estava no meu início em uma jornada no jiu-jitsu. Eu era faixa azul naquela luta ainda, tinha acabado de mudar, de pegar a faixa azul. Surgiu a oportunidade. O meu tio era lutador, então estava no sangue e aceitei a luta sem entender nada, me joguei. Eu queria sentir na pele como era essa experiência também”.

A derrota fez Amanda querer se dedicar ainda mais e ela viveu, literalmente, na luta. Mudou-se para a academia. “Depois da luta, eu larguei tudo e fui morar na academia para ser lutadora mesmo de MMA. Por isso que não parei, sabia que aquela primeira luta era mais uma coisa para saber como eu me sentia. Adrenalina e tudo”.

Meu mestre falou para mim: 'Não se preocupa com o resultado. Vai, faz seu melhor e depois dessa luta aí, você só tem a ganhar independente do resultado'. Ele me disse: 'Faça seu cartel aqui e vamos sair desse país, você vai ser a melhor do mundo'. Aí eu falei para a minha família. Falei primeiro para minha irmã: 'O Edson quer me levar embora'.

Sobre como o mestre Edson Carvalho a apoiou mesmo perdendo

Estava saindo do vale-tudo para o MMA. O show na Bahia, foi o primeiro show que tinha o nome MMA. Minha mãe acompanhava meu tio nas lutas, então para ela foi tranquilo e para minhas irmãs também. Eles investiram em mim, financeiramente. Eu não trabalhava e queria seguir essa carreira e só ia parar quando eu tivesse bem

Sobre como a família ajudou para que Amanda continuasse lutando

20 dólares no bolso e sem saber falar inglês

Foi Bastante difícil mudar para um país sem falar a língua e tudo. No zero. Eu tinha apenas 20 dólares no bolso quando cheguei lá. E dormi na academia também, estava nevando, nunca tinha visto neve na vida. Frio, frio demais. E eu dormia na academia e pronto. 

Um americano acreditou em Amanda. E ela deslanchou

Mesmo sem saber falar inglês, morando na academia e sem a família por perto, foi nos Estados Unidos que a carreira deslanchou. Em três meses Amanda já estava no Strike Force. Tudo graças a um norte-americano: Cris Wander.

"Eu não entendia porque as pessoas acreditavam tanto em mim, alimentavam esse sonho em mim. Isso me alimentava bastante. Então o Cris Wander, ele que foi o cara americano que acreditou em mim, me colocou no evento (Strike) e me ajudou, me deu uma casa para morar. O cara que me abraçou foi americano. Depois desse dia que conheci o Cris, tudo começou a fluir".

"Ele falou para mim que já estava tentando isso há muito tempo. Que estava mandando e-mail para o Strike Force dizendo que tinha uma menina, mas estava ainda no Brasil então não poderia ser tão rápido. E tinha que ter o visto, estar nos EUA para a coisa acontecer. No Brasil eu não conseguiria nada. Pisei nos EUA e ele falou: Agora vai dar certo. Surgiu a oportunidade quando uma luta caiu do card".

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Como Amanda vai deixar um legado?

Amanda sabe que agora é sua responsabilidade como campeã do UFC estabelecer um legado, como foi Ronda Rousey e até mesmo continuar a história da antiga campeã, que levou o MMA feminino ao reconhecimento mundial.

“Acho que é uma nova era e esse é meu legado agora, estou apenas começando, vou segurar o cinturão por muito tempo até eu me apresentar e começar uma nova etapa em minha vida”, disse Amanda.

Ela ressalta que quer servir de exemplo também no Brasil. “O foco é o mais importante agora. Tenho que me desdobrar em duas... Ronda Rousey era só lá (nos EUA), eu não, tenho meu país, quero voltar mais vezes. Eu fiquei ausente durante muito tempo e eu quero que os brasileiros conheçam Amanda Nunes, conheçam a atleta e a pessoa”.

Lutadores polêmicos

Ele é o cara, o show business, o cara que o UFC investiu, porque fala. O cara que também mostrou, né? Ele falava, falava, mas ia e nocauteava os caras. Eu não gosto desse lado do Conor, mas é uma coisa que faz parte. Aprendi bastante a disciplina do judô e o respeito é muito importante. Ele desrespeita os atletas.

Sobre Conor McGregor

Sobre Conor McGregor

A gente sempre se encontra, uma respeita a outra, que é o mais importante. A Cris é uma grande atleta, e o relacionamento entre a gente é muito bom. Ela mandou uma mensagem para mim antes (da luta contra a Ronda). Foi muito bom.

Sobre Cris Cyborg

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