O que vale essa Copa

Copa América Centenário começa nesta sexta: saiba o que há em jogo

Danilo Lavieri e Guilherme Palenzuela Do UOL, em Los Angeles (EUA)
AP, Getty Images e AFP
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Estadual de Dunga vale Libertadores para Messi

Como bem define Dunga, os torcedores brasileiros podem não valorizar tanto a Copa América Centenário se ela for conquistada. Mas pode ser motivo de demissão se não for vencida. É como um Estadual para técnico de time grande.

Centro das atenções e pressionado bastante, o comandante preparou mudanças e sacou nomes que fizeram parte do trágico 7 a 1 para novas apostas, como as entradas de Casemiro, Gil e Jonas. E isso sem poder contar com sete baixas, que incluem Neymar, Douglas Costa e Ricardo Oliveira, entre outros.

Entre os hermanos, o título é mais importante do que nunca. Sem conquistar nenhum título desde 1993, eles bateram na trave na última Copa América, no Chile, e precisam do troféu para caminharem com mais tranquilidade rumo à Rússia. E pode ser o primeiro título de Messi jogando com o time profissional de seu país.

E ainda tem Suárez, pelo Uruguai, Vidal, no Chile, James Rodríguez, na Colômbia, o Profe Osório e seus comandados no México e Klismann sob pressão nos Estados Unidos. 

PVC: Torneio pode consagrar Argentina e Suárez; Dunga corre grande risco

Não é só o emprego do Dunga que está em jogo

  • Um líder sem Neymar

    O treinador quer aproveitar a brecha dada por não contar com o melhor jogador do país para formar um líder no seu grupo. Há alguns candidatos, como Miranda, o capitão, e Renato Augusto, que tem recebido elogios pela postura em campo.

    Imagem: Ricardo Nogueira/UOL
  • Se livrar da geração 7 a 1

    David Luiz, Luiz Gustavo, Marcelo, Fernandinho, Oscar, Thiago Silva, Maicon, Dante... Esses são alguns dos nomes que Dunga deixou de lado para a seleção esquecer de vez o trauma dos 7 a 1 contra a Alemanha

    Imagem: Flavio Florido/Uol/Folhapress
  • Formar os olímpicos

    De olho na inédita medalha de ouro, Dunga trouxe os olímpicos para trabalhar de perto. Gabigol, Rodrigo Caio, Walace, Douglas Santos, Fabinho e Marquinhos são exemplos dos jovens que estão ganhando experiência para buscar a conquista no Rio de Janeiro.

    Imagem: Friedemann Vogel/Getty Images
  • Claro: Rússia 2018

    Além do título, a seleção precisa encorpar para caminhar com mais tranquilidade nas Eliminatórias de 2018 e, finalmente, ganhar a cara de um time de confiança para se recuperar do principal trauma da história do futebol do país.

    Imagem: Divulgação/Fifa

Para eles, o ouro vale muito

  • Alisson

    Tratado pela comissão como "o novo Taffarel", Alisson tem a chance de levantar seu primeiro troféu como titular da seleção brasileira e firmar de vez seu nome entre os 11.

    Imagem: Lucas Figueiredo / MoWA Press
  • Miranda

    Esquecido por Felipão na Copa de 2014 apesar do apelo popular, ele tem a chance de levantar o troféu como capitão da seleção brasileira e ressaltar sua importância no grupo sem a presença de Neymar

    Imagem: Wong Maye-E/AP
  • Renato Augusto

    Depois de ficar desacreditado ao deixar o Corithians para ir à China, o meio-campo conseguiu manter a titularidade e, mais do que isso, tem surgido como candidato a líder do grupo.

    Imagem: Lucas Figueiredo / MoWA Press
  • Willian

    Apesar da péssima temporada coletiva do Chelsea, ele ganhou prêmios individuais e chega à seleção para ser o melhor jogador tecnicamente, especialmente após a saída de Douglas Costa e ausência de Neymar.

    Imagem: Lucas Figueiredo / MoWA Pres

Eles são os favoritos

Não há como negar que a Argentina é a seleção favorita ao título, mas já tinha sido assim na Copa América do ano passado e os chilenos fizeram a força de donos da casa prevalecer.

O revés na final em 2015, aliás, é mais um motivo para Lionel Messi e companhia conseguirem dar a volta por cima e conquistar o primeiro título para o futebol profissional da seleção em 23 anos. Desde 1993, eles não ganham nada.

Além de bater na trave na Copa América  de 2015, vale lembrar que os argentinos também ficaram no "uh" na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, quando perderam para a Alemanha na final, na prorrogação. 

Aguero, Di Maria, Lavezzi e Mascherano são exemplos de outros atletas que levarão a chance de vencer essa competição para tirar das costas o peso de uma geração que prometeu muito e não conquistou nada.  

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E não é só Messi que vem por aí...

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Uruguai

A Celeste não poderá contar com Suárez desde a primeira rodada por causa da uma lesão muscular, mas o atacante ficou nos Estados Unidos em tratamento intensivo para poder jogar a competição. Além dele, os uruguaios apostam suas fichas na sólida defesa com Godine e Gimenez e na experiência de Edinson Cavani à frente

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Colômbia

Rival complicado recentemente, a Colômbia tem na velocidade o seu principal perigo, com Jamez Rodrigues sendo o cérebro da equipe. Cuadrado e Bacca são outros dois exemplos de jogadores que fazem o técnico Pekerman sonhar com o título nos EUA

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Chile e Equador

Única equipe a vencer o Brasil nas Eliminatórias, a La Roja vem embalada pelo título de 2015 e busca bi que seria histórico. Vidal e Sánchez são destaques. Em queda após despontar como líder do continente, o Equador é rival da estreia e principal concorrente ao 1º lugar da chave.

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EUA e México

Donos da casa, os Estados Unidos se recuperam de derrotas importantes com vitórias em amistosos e vê o técnico Klismann ensaiar uma volta por cima. É no banco, também, que o México aposta suas fichas. Invicto e sem nem tomar gol desde a chegada, o "profe" Osório faz sua equipe chegar com respeito ao torneio.

Você também deve curtir esses

  • Wes Morgan

    O melhor zagueiro da Inglaterra estará na Copa América. Capitão do Leicester, campeão da Premier League e eleito melhor da posição no torneio, o inglês naturalizado jamaicano Wes Morgan chega na competição para liderar os Reggae Boys

    Imagem: Darren Staples/Reuters
  • Pulisic

    Meia de 17 anos que joga no Borussia Dortmund é tratado como fenômeno e teve ascensão meteórica nas categorias inferiores dos Estados Unidos. Veloz e com bom drible, já joga no time profissional do Dortmund e foi utilizado até na Liga Europa contra o Liverpool.

    Imagem: Kyle Rivas/Getty Images
  • Guerrero

    Criticado no Flamengo, o artilheiro da última Copa América tem missão ingrata nessa: carregar a seleção do Peru a uma classificação que parece improvável às quartas de final, começando em um grupo com Brasil, Equador e Haiti.

    Imagem: REUTERS/Mariana Bazo
  • Campbell

    Jovem atacante se destacou pela Costa Rica na Copa de 2014 e tem ganhado espaço pelo Arsenal, que parou de emprestá-lo a outros clubes. Terá a complicadíssima missão de desbancar três rivais considerados superiores no Grupo A: Estados Unidos, Colômbia e Paraguai.

    Imagem: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO
AP Photo/Rodrigo Abd

Então já prepara a sua agenda

Esses jogos você não pode perder

  • 3/6 - 22h30 - EUA x Colômbia

    O jogo de abertura da competição deve definir quem é o primeiro do grupo A, de onde sai o adversário do Brasil. O estádio promete estar lotado, com direito a show antes da bola rolar.

    Imagem: EFE/Kiko Huesca
  • 4/6 - 23h - Brasil x Equador

    A estreia da seleção brasileira testará a força dos comandados de Dunga diante do time que já chegou a liderar as Eliminatórias da Copa e também será decisivo na briga pelo primeiro lugar do grupo B

    Imagem: AP Photo/Martin Jaramillo
  • 5/6 - 21h - México x Uruguai

    Invicto e sem tomar gols sob o comando de Osório, o México encara o Uruguai, que ainda não poderá contar com Luis Suárez em mais um jogo decisivo para a primeira colocação do grupo, desta vez, do C.

    Imagem: Reuters
  • 6/6 - 23h - Argentina x Chile

    A reedição da final da Copa América de 2015 foi marcada justamente para a estreia das duas equipes na competição deste ano. São as duas melhores equipes do grupo D frente a frente

    Imagem: AFP PHOTO / JUAN MABROMATA
  • 7/6 - 23h30 Colômbia x Paraguai

    A Colômbia volta a campo para medir forças com outro sul-americano, o Paraguai. É a grande esperança dos paraguaios de surgir como uma zebra e, quem sabe, reeditar as quartas contra o Brasil

    Imagem: AFP PHOTO / NORBERTO DUARTE
  • 8/6 - 20h30 - Brasil x Haiti

    Esse está na lista só por um motivo: A expectativa de goleada. O Brasil tem a obrigação de vencer bem o Haiti

    Imagem: AFP PHOTO / AFP PHOTO/FELIPE OLIVEIRA
  • 12/6 - 21h30 - Brasil x Peru

    A seleção brasileira volta a campo para definir em qual colocação ficará no grupo e se segue nos Estados Unidos em busca do sonho ou se pode voltar para casa

    Imagem: AFP PHOTO / FELIPE OLIVEIRA

Torcida brasileira começa a esquentar o clima nos EUA para a Copa América

Visitpasadena.com/Divulgação Visitpasadena.com/Divulgação

Anfitrião respira o torneio sim!

"É o maior evento de futebol desde a Copa do Mundo de 1994". A frase propagada amplamente na TV resume a importância que os norte-americanos estão dando para a Copa América Centenário. Todos os jogos serão transmitidos ao vivo no país, com direito a milhões de dólares investidos em marketing e compras de direito de transmissão. 

Mesmo em um país em que o futebol passa longe da tradição, o torneio tem até mais destaque em anúncios na TV do que as finais da NBA, por exemplo, uma das grandes paixões dos americanos.

Os jogos amistosos preparatórios que estão sendo realizados nos EUA já têm levado grande público e mostram que as casas estarão cheias. A Copa América já tem 1 milhão de ingressos vendidos, a organização ainda promete fan-fest, no melhor estilo Copa do Mundo, em todas as cidades-sede da competição.

O que mudou na Copa América um ano depois

  • Argentina sem Tevez

    Após "bater na trave" no ano passado, Lionel Messi & CIA vão em busca do sonhado título com a seleção profissional, mas não contarão com Carlitos Tevez, que foi preterido por Tata Martino. Há um ano, após grande temporada na Juventus, Tevez estava no grupo que ficou com o vice-campeonato. Dessa vez, porém, assistirá à Copa América do sofá.

    Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci
  • Nem Valdivia nem Sampaoli no Chile

    A seleção chilena defenderá o título nos EUA, mas passou por algumas mudanças um ano após a conquista inédita. A principal mudança está no banco de reservas, onde o badalado Jorge Sampaoli deu lugar a Juan Antonio Pizzi. Outra ausência que será sentida será a de Valdivia, que perdeu prestígio com a mudança de comando e não foi convocado à Copa América.

    Imagem: Quinn Rooney/Getty
  • México sob nova direção: Osório

    A esta altura de 2015, Juan Carlos Osório acabara de assumir o comando do São Paulo. Um ano depois, o técnico colombiano é o comandante do México, que promete fazer bonito na Copa América. Em pouco mais de seis meses no cargo, Osorio já conquistou resultados expressivos e conta com apoio incondicional da torcida e imprensa mexicanas.

    Imagem: REUTERS/Henry Romero
  • Brasil sem Neymar, Thiago Silva e David Luiz

    Há um ano, era difícil escalar o Brasil sem Neymar, Thiago Silva ou David Luiz. Os três jogadores eram indispensáveis no time e os mais badalados por torcedores e jornalistas. As más atuações dos zagueiros do PSG pela seleção e a estratégia de contar com Neymar na Rio-16, porém, mudaram a cara do time de Dunga um ano depois.

    Imagem: AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS
  • Peru chega com Guerrero em baixa

    Paolo Guerrero tentará nos EUA ser o artilheiro da Copa América pela terceira vez seguida: foi o goleador das edições 2011 e 2015. Neste ano, porém, o atacante do Flamengo chega em baixa, tendo marcado apenas 10 gols ( 9 pelo rubro-negro e 1 pela seleção peruana) em 23 jogos.

    Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo
  • Colômbia à lá Atlético Nacional

    Com o trio James, Bacca e Cuadrado, a principal novidade da seleção colombiana é a base do Atlético Nacional, que enfrentará o São Paulo nas semifinais da Libertadores. Da zaga ao ataque, nada menos que cinco jogadores do time colombiano foram convocados à Copa América.

    Imagem: AP Photo/Luis Benavides
  • Uruguai com Suárez, mesmo machucado

    Há um ano, Luis Suárez ficou fora da Copa América no Chile porque ainda cumpria a suspensão imposta pela Fifa devido à mordida no zagueiro italiano Chiellini na Copa do Mundo de 2014. Agora, mesmo sob intensivo tratamento de lesão muscular, Suárez é a grande estrela do Uruguai nos EUA.

    Imagem: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
  • Américas Central e do Norte

    Mesmo diante de tantos retornos e ausências de peso, a grande novidade da Copa América Centenário é a participação das seleções das Américas Central e do Norte. Assim, é a chance de ver EUA, Haiti e Costa Rica, por exemplo, enfrentando as seleções sul-americanas. No ano passado, apenas México e Jamaica, convidados, haviam jogado no Chile.

    Imagem: Michael Steele/Getty Images

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