Os anos de Nick Cave em SP

Refizemos os passos e conversamos com as pessoas próximas do cantor que morou no país no começo dos anos 90

Carlos Messias e Lucas Lima
Lucas Lima/UOL

A passagem de Nick Cave com os Bad Seeds por São Paulo para o único show da turnê Skeleton Tree no Brasil, no Espaço das Américas, em 14 de outubro, certamente será marcada por alguma nostalgia. Da última vez em que o músico australiano veio se apresentar no país --com um show no Scala Rio, na capital fluminense, em 12 de abril de 1989, e dois no finado Projeto SP, em São Paulo, nas noites de 14 e 15 daquele mesmo mês--, aos 31 anos, ele praticamente perdeu o rumo de casa.

A turnê era do disco "Tender Prey" (1988), que, profeticamente, fazia menção ao Brasil e foi dedicada a Fernando Ramos da Silva, protagonista do filme "Pixote - A Lei do Mais Fraco" (1980), executado pela polícia, em 1987, aos 19 anos.

É impressionante que vocês sejam um povo tão alegre, pois a realidade de vocês é muito dura.

Essa foi a declaração de Nick Cave, que disse ter "Pixote" entre seus filmes favoritos, à época em entrevista à revista "Bizz".

Nick Cave e Viviane Carneiro/Reprodução Nick Cave e Viviane Carneiro/Reprodução

Um amor no Brasil

Como é comum em casos de estrangeiros que vêm morar no país, Nick Cave se apaixonou por uma brasileira, chamada Viviane Carneiro, que à época trabalhava como produtora de moda na editora Abril. Por causa dela, o cantor e compositor permaneceu no país por dez dias após as apresentações e veio morar em São Paulo em 1990.

A relação gerou Luke Cave, o segundo filho do músico, nascido em 10 de maio de 1991 (apenas dez dias após o primogênito, o australiano Jethro Cave, hoje modelo internacional) e fez com que o artista morasse em São Paulo, entre idas e vindas para shows e sessões de estúdio, até 1993.

"O Nick Cave e a Vivi se conectaram durante o show, foi uma coisa meio maluca. Ele não parava de olhar para ela e, ao final da apresentação, gesticulou para que ela fosse conhecê-lo no camarim", recorda o jornalista Daniel Benevides, amigo da brasileira.

Contatada pela reportagem, Viviane, atualmente psicoterapeuta residente em Londres, recusou-se a dar entrevista.

Quem também esteve no camarim do Projeto SP foi a jornalista Bia Abramo, então repórter da revista "Bizz", que havia entrevistado o músico e estava cobrindo sua passagem pelo país. Aquela noite continuou no Espaço Retrô, lendária balada paulistana que funcionou no bairro de Santa Cecília entre 1988 e 1992.

"Em São Paulo, naquela época, só tinha uma casa noturna onde ir por vez. Então, depois do show, falamos: 'Bora para o Retrô'. Como a Vivi não falava inglês muito bem, eu fiquei de tradutora entre os dois. Até que percebi que estava rolando um clima e deixei eles se virarem", conta Bia.

André Fischer na casa em que Nick morou em SP. Foto: Lucas Lima/UOL André Fischer na casa em que Nick morou em SP. Foto: Lucas Lima/UOL

Nick Cave passou aquela noite na casa de Viviane, na rua Agissê, no bairro Sumarezinho, quase na divisa com a Vila Madalena --imóvel onde hoje mora André Fischer (foto), criador do festival MixBrasil e amigo da produtora de moda.

Na manhã seguinte, o bardo australiano acordou com uma surpresa desagradável. "A Vivi tinha um ex meio malucão [o poeta Gil Jorge], que soube que ela tinha ficado com um cara no Retrô. Como a Vivi não atendia o telefone, ele foi tirar satisfação, chegou a quebrar três vidros da janela do quarto e se deparou com Nick Cave. Aí o Nick saiu e colocou o cara para fora. Só que, naquela época, a Vila Madalena era como uma cidade do interior e o portão não fechava. Então os dois acabaram saindo na porrada", narra Fischer.

Os vidros quebrados por Gil Jorge foram repostos por outros distintos dos demais da janela, preservando, assim, uma marca do incidente. 

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Pai de Família

Em 1990, o Nirvana ainda não tinha explodido e artistas do underground, como Nick Cave, eram mantidos na obscuridade. Ele não era exatamente um grande vendedor de discos e, sem fazer shows entre outubro de 1990 e abril 1992, precisou levar uma vida relativamente humilde no Brasil, pagando o aluguel da casa (onde instalou um estúdio na edícula) e sustentando Viviane, o filho e Rambo, o dálmata da família.

"Ele estava meio duro, então um dos programas que mais fazíamos eram almoços na casa da Viviane", relembra Bia Abramo. "Como eu que cozinhava e demorava a tarde inteira preparando as refeições, todo domingo à noite a gente assistia 'Twin Peaks' [seriado de David Lynch]. O Nick pirou nessa coisa de praia e boteco no Brasil. O brasileiro também tem essa hospitalidade meio loucona que os gringos adoram. Fora isso, às vezes saíamos para jantar em restaurantes como o Retiro do Caçador [na rua Heitor Penteado] e de comida japonesa, que ele adorava, como o Kabura [também ainda na ativa, na rua Galvão Bueno], na Liberdade."

Nick e Pedro na Mercearia. Foto: Arquivo Pessoal Nick e Pedro na Mercearia. Foto: Arquivo Pessoal

As incumbências paternas levaram o cantor, compositor, escritor e roteirista (entre outras atribuições) a se apaixonar por um bar, a Mercearia São Pedro, na Vila Madalena, a apenas 300 metros da casa onde morou.

"Sempre víamos esse grandão andando pelo bairro com um menino no colo e não sabíamos quem ele era. Meu pai [Pedro Benuthe, que morreu em 1996] costumava levantar as portas às 8h da manhã. E o Nick Cave sempre vinha tomar café da manhã com o filho dele na padaria aqui do lado. Até que um dia ele sentou com o filho na Mercearia e deu uma maçã ou uma banana para ele comer. Como meu pai gostava muito de criança, pegou a fruta e raspou com uma colher de café para ficar mais fácil de o menino comer. O Nick ficou encantado", relata Pedro Anis Issa Benuthe, administrador e um dos três herdeiros da Mercearia São Pedro. "Uma vez ele veio à tarde e se apaixonou pela minha caipirinha, então passou a frequentar a Mercearia todos os dias, quase sempre sozinho e com um livro. Eu nem imaginava quem era Nick Cave, aí depois de muito tempo a [jornalista] Silvia Campolim me falou quem ele era."

Outro atrativo da casa era o projeto Cinema na Rua, que Marcos Issa Benuthe, irmão de Pedro, então gerente do Cineclube Oscarito, realizava com projeções em uma das paredes da Mercearia. O australiano sempre frequentava as sessões e até mesmo sugeria filmes. Em sua homenagem foi exibido o filme "Dandy" (1988), no qual Cave atua ao lado de Nina Hagen e do ex-Bad Seeds Blixa Bargeld.

O filme foi dirigido pelo cineasta experimental alemão Peter Sempel, que visitou o Brasil na Mostra de São Paulo de 1991, ocasião em que Cave, seu amigo dos tempos em que morou em Berlim, o apresentou à Mercearia São Pedro. "Ele sempre trazia aqui todo mundo que vinha de fora, como o Jonas Mekas [papa do cinema de vanguarda norte-americano]. Uma vez em que estava com a banda, ele disse que foi uma das melhores noites da vida dele", recorda Pedro.

Pedro Anis Issa Benuth em 2018. Foto: Lucas Lima/UOL
Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal

A ligação com a Mercearia era tão forte que o bar foi escolhido como locação de uma das entrevistas que Cave concedeu para o documentário "Straight to You" (1992), de Anton Corbijn, que remonta a carreira do músico até então. "Eu moro na rua aqui atrás", explica o cantor, com o filho no colo, no filme disponível no YouTube. "É só o meu bar favorito, o melhor bar do mundo", declara, antes de apresentar Pedro Anis Issa Benuthe para a câmera.

"Tem uns clientes daqui que são alemães e foram em um show dele em Berlim no final dos anos 90. Aí, durante o show, passavam uns slides com alguns momentos da vida dele. Quando entrou uma imagem da Mercearia, o Nick Cave falou no microfone: 'The best bar in the world'", vibra Pedro. Ele ainda conta que Cave voltou ao bar depois que se mudou de volta para Londres.

Nick e Sérgio Bastos. Foto: Arquivo Pessoal Nick e Sérgio Bastos. Foto: Arquivo Pessoal

Descalço no Boteco

Outro bar na região que Cave costumava frequentar era o Pé pra Fora, na avenida Pompeia. "Um dia a gente estava lá e entrou um figura, descalço, com uma camiseta branca e um livro que parecia uma bíblia. A gente achou estranho, não sabia quem ele era. Ia muito jornalista lá, eles falaram que era o Nick Cave e foi como se tivesse caído uma bomba", conta Sérgio Bastos, que vendeu o bar, ainda na ativa, em 1996.

Uma foto do australiano com o irmão de Sergio, Antônio Carlos, costumava decorar o salão. Nos dois estabelecimentos atuais da família, o restaurante Dona Felicidade, na Vila Romana, e o bar Tiro-Liro, em Perdizes, há imagens de Nick Cave nas paredes.

Ele frequentava o bar umas três vezes por semana. Quando não estava sozinho, vinha com amigos ou com a mulher e o filho comer feijoada aos sábados. Sempre descalço ou, no máximo, de chinelo.

Entre os amigos que frequentavam o Pé pra Fora com Nick Cave está o jornalista Thomas Pappon, à época assessor de imprensa da finada gravadora Stiletto, que lançava seus discos no Brasil e ajudou a trazer o músico para os shows de 1989. "Fazíamos churrasco e saíamos muito para tomar cerveja. Uma vez eu o levei para ver um show solo do Nasi, no Clash [um clubinho que existiu anos antes da tradicional casa de shows que abriu em 2007]. Ficamos muito bêbados, cantando em cima da mesa, foi uma noite daquelas."

Nick Cave com os amigos Michel Spitale e Pamps. Foto: Thomas Pappon/Arquivo Pessoal

Além de jornalistas, o círculo frequentado por Cave era integrado por membros de importantes bandas pós-punk como Smack, Gang 90 e as Absurdettes, Fellini e 3 Hombres, esta integrada por Pappon na guitarra e Daniel Benevides nos vocais. "Ele foi em uns quatro shows da minha banda em locais como o Retrô, o clubinho Clash e o Centro Cultural São Paulo. Para mim foi uma glória", diz Benevides, que foi apresentador e diretor na MTV Brasil, nos estúdios da qual recebeu Cave para uma entrevista no programa Demo MTV.

Cantorias embriagadas realmente parecem terem sido um dos programas favoritos da turma. "Lembro muito de a gente bebendo e cantando juntos, especialmente Johnny Cash e Neil Young", conta o jornalista. "Era inacreditável, a gente ia para a casa do Thomas cantar Beatles e o vocalista principal era o Nick Cave", celebra Bia Abramo.

O episódio mais memorável desses "luais" teria ocorrido na casa da ex-Gang 90 Taciana Barros, mãe do filho de Edgard Scandurra e atual integrante do Pequeno Cidadão, envolvendo Dinho Ouro Preto. O vocalista do Capital Inicial diz ter sido convidado para uma festinha na residência no Sumarezinho pelo sérvio Mitar Suboti (1961-1999), mais conhecido como Suba, que produziu seu primeiro disco solo e viria a se casar com Taciana.

"Foi uma noite surreal. Tava todo mundo mandando muito e bebendo, alucinado. Aí, lá pelas 4h da manhã, aparece o Nick Cave, cara. Pensei: 'Não pode ser'. De repente, o Nick Cave sentou ao piano e começou a tocar 'Knocking on Heaven's Door' [de Bob Dylan]. Me sentei do lado dele e fizemos um dueto bem quando o sol estava começando a nascer, o que me pareceu uma sincronicidade absurda. Foi o momento mais rock and roll da minha vida", derrete-se o vocalista do Capital Inicial.

Lucas Lima/UOL

Além das noitadas, Taciana ofereceu a Cave o berço de seu filho, Daniel Scandurra, nascido em 1989. "Costumávamos brincar que era 'o berço do rock'", ela recorda. Além das responsabilidades familiares, a mudança de Nick Cave para o Brasil, que ocorreu em seguida a uma internação em uma clínica de reabilitação, teria sido motivada pelo tratamento para se livrar do vício em heroína. "Nessa época, heroína era uma coisa muito rara e cara", aponta Bia Abramo. "Ele lutava muito, inclusive tentava afastar a gente de heroína dizendo: 'Isso aí é perigoso'", complementa Benevides.

O que não excluía o consumo ocasional de cocaína. "Nos anos 80, usar pó era que nem fumar cigarro nos anos 70. Todo mundo cheirava", diz o diretor de arte Michel Spitale, ex-marido de Bia Abramo. O casal chegou a fazer uma viagem para os Estados Unidos com Nick Cave e a família. "Fomos em uma boate em New Orleans e uma stripper apresentou um número com uma música de Nick Cave", recorda Spitale.

Outra viagem "enlouquecida" feita pelos casais amigos foi para Paraty, ocasião em que Cave comprou uma camiseta do Fluminense, que passou a vestir com frequência. "Ele adorava tomar caipirinha, que chamava de 'little country girl'. Em uma noite, fomos de bar em bar e, quando chegamos no último, ele começou a bufar e saiu falando alto, reclamando da música. Precisamos tirar ele de lá para não virar briga. O Nick Cave era um gentleman, mas quando ficava bêbado acabava sendo meio agressivo. Tinha muito desse lado meio de ogro australiano", avalia Spitale.

Reprodução Reprodução

Produção no Brasil

"Quando me mudei para esta casa, ainda tinham umas masters de um disco do Nick Cave na garagem", revela André Fischer. Embora tenha feito poucos shows entre 1990 e 1993, a estada brasileira foi prolífica para o músico. "Ele estava sempre lendo e escrevendo", conta Bia.

"The Good Son" (1990), seu sexto álbum, foi inteiramente gravado no extinto estúdio Cardan, na rua Alves Guimarães com a avenida Sumaré, onde depois funcionaria a primeira sede da gravadora Trama. Thomas Pappon e Bia Abramo acompanharam algumas sessões. "Ele mandou trazer a banda inteira, o que talvez não tenha sido uma boa ideia, pois custou uma exorbitância", comenta Thomas Pappon. Os Bad Seeds se hospedaram no Central Plaza Flat, na rua Santo Amaro, Bela Vista.

As referências à religião, uma marca constante na obra de Nick Cave, também foram representadas por liturgias brasileiras. O disco abre com uma interpretação em português do hino cristão "Foi na Cruz", que Viviane Carneiro, filha de evangélicos, costumava cantar para ele. "A Vivi mostrava muita coisa de candomblé e de religião que o Nick curtia", conta Benevides.

O jornalista Daniel Benevides. Foto: Lucas Lima/UOL
Nick e Michel Spitale Nick e Michel Spitale

O processo de composição do seu álbum seguinte, "Henry's Dream" (1992), também se deu por aqui. Cave não só gostava de Michel Spitale, como homenageou o amigo na faixa de abertura da música "Papa Won't Leave You, Henry": "Well, I thought about my friend Michel" (Bem, eu pensei em meu amigo Michel), diz a letra.

"Eu sempre via o Nick trabalhando no disco, em um Macintosh Classic. Um dia ele me chamou para mostrar um trecho de uma música e disse: 'Botei seu nome na letra'", rememora Spitale. "Não acho que tenha sido de propósito, mas uma solução que ele encontrou para rimar." Em todo caso, Michel retribuiu a gentileza, agora propositalmente, ao batizar seu filho, hoje com 23 anos, como Nicolau.

Já "Let Love In" (1994), embora tenha sido lançado no ano seguinte após a família Cave se mudar para Londres, também tem ligações brasileiras. O clipe do single "Do You Love Me" foi gravado na casa de entretenimento adulto My Love, que à época ficava na rua Bento Freitas, no Centro de São Paulo. Pamps, Michel Spitale e até o pai de Thomas Pappon foram convidados para fazer figuração, mas acabaram não entrando no corte final.

Lembrado com saudades e carinho pelos amigos próximos, Nick Cave é descrito como alguém mais reservado por pessoas que não o conheceram tão bem, como Luiz Calanca, proprietário da loja de discos Baratos Afins, na Galeria do Rock, outro dos locais favoritos do australiano por aqui. "Lembro de ele vir aqui, comprar alguns discos, mas era um cara fechadão, não foi de muita conversa. Até tentei puxar assunto, mas ele não deu muita bola".

"O Nick curtia muito música, os amigos e essa coisa mais hedonista de beber e dançar. Eu tinha tanta admiração por ele que ficava meio intimidado e ele percebia isso", diz Daniel Benevides. "Ele tinha bons e maus momentos, parecia um pouco bipolar. Às vezes era extremamente gentil e simpático. Em outros momentos, mal-humorado e arrogante, talvez até por conta da abstinência. Gostava mais do Michel e do Pamps [Sérgio Pamplona (1953-2015), ex-guitarrista do Smack], que mesmo sem falar muito bem inglês, tinham esse jeito mais espontâneo e porra-louca".

O idioma de fato parece ter sido uma barreira para o músico se socializar com os locais. "Ele chegou a fazer umas aulas de português, mas ficou um pouco com preguiça e todo mundo que convivia com ele se esforçava para falar inglês", conta Bia Abramo. 

A jornalista Bia Abramo. Lucas Lima/Folhapress

No imaginário dos fãs brasileiros, paira uma lenda de que Nick Cave teria criado aversão pelo Brasil e, por isso, ficou sem voltar ao país desde que veio passar férias em 1994, com Luke e Viviane, de quem se separaria dois anos depois.

"Ele tinha uma expectativa de fazer show no Brasil, o que não rolou. Ficou uma figura meio folclorizada e passou a ter uma relação difícil com a imprensa, que o tratava como se fosse um bicho num zoológico. Em certo momento, lembro que ele estava meio deprimido, tinha acabado de de cruzar a faixa dos 30 anos, estava longe das drogas e de casa", relata Bia.

Uma declaração dada por ele à imprensa após deixar o país corrobora essa hipótese. "Acho que 'The Good Son' é, de alguma forma, o reflexo de como me senti no início da minha estada no Brasil. Estava bem feliz lá. Eu estava apaixonado, e o primeiro e segundo anos foram bons. O problema, depois descobri, é que de modo a sobreviver, você tem de adotar as atitudes deles, que são meio obtusas, com relação a qualquer coisa."

Ao desembarcar no país na semana que vem, Nick Cave terá um encontro não só com a plateia do Espaço das Américas, mas também com o seu passado.

Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal

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