A outra queda de Dilma

Dois anos após ser afastada da Presidência da República, petista perde eleição para o Senado por Minas Gerais

Flávio Costa Do UOL, em Belo Horizonte

Sob uma chuva fraca, a ex-presidente Dilma Rousseff começou a andar na manhã deste domingo (7) cercada de seguranças, assessores e militantes do PT pela Alameda das Falcatas em direção à sua seção eleitoral instalada no Colégio Santa Marcelina, localizado na região centro-sul de Belo Horizonte.

No caminho, ela reclamou duas vezes de pisões em um de seus pés que quase a fizeram tropeçar. "Acertaram agora por trás", disse a uma assessora que estava ao seu lado. Porém, a petista de 70 anos manteve os passos firmes até encontrar os jornalistas que a aguardavam. Sua queda se concretizaria mais tarde, de maneira simbólica, não física. 

Minas Gerais sempre foi considerado um estado-chave para as pretensões do PT em 2018. Com o segundo maior colégio eleitoral do país (mais de 15,7 milhões eleitores aptos a votar), o estado era o único das regiões Sul e Sudeste a ser governado pelo partido.

Por essa razão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistia em dizer àquela que sucedeu no Palácio do Planalto que o caminho dela era voltar ao estado natal, mais de 40 anos depois de deixá-lo, ainda durante a ditadura militar.

Mesmo nos momentos mais tensos que antecederam sua prisão, no começo de abril, Lula  nunca se esquecia de repetir a Dilma: "Vai pra Minas, Dilma, vai pra Minas".

As pesquisas de intenções de voto pareciam comprovar que o líder petista estava certo, já que Dilma sempre esteve em primeiro lugar nos levantamentos divulgados pelos institutos até a véspera da eleição. Porém, as pesquisas erraram; Lula, também.

"Eu respeito o voto popular. Eu não acho correto considerar minha eleição antes de eu ser eleita", disse a candidata aos jornalistas antes de ir para a urna.

Neste domingo (7), Dilma recebeu exatos 2.684.023 votos (ou 15,29% dos votos válidos), insuficientes para se eleger senadora, ficando em quarto lugar numa disputa por uma das duas cadeiras na Câmara Alta do Congresso Nacional. Viu ainda o governador Fernando Pimentel, seu ex-companheiro de luta armada e ex-ministro, ficar de fora da disputa do segundo turno.

A ex-presidente não enfrentou diretamente dois adversários frequentemente mencionados por ela durante a campanha: os tucanos Aécio Neves, seu oponente em 2014, que se elegeu a deputado federal, e Antonio Anastasia, relator do processo de impeachment, que vai disputar o segundo turno para o governo estado com a surpresa Romeu Zema (Novo).

De conhecido temperamento forte, a ex-presidente impôs seu estilo ao PT mineiro. Escolheu sozinha os suplentes de sua chapa e, mais importante, impediu que o partido compusesse uma chapa com MDB, partido do presidente Michel Temer, a quem acusa de traição.

A narrativa de que sua deposição foi resultado de um "golpe de Estado" deu o tom de sua campanha.

"No dia da eleição vai estar em causa o golpe de 2016. O impeachment que foi aprovado sem que houvesse crime de responsabilidade. O golpe que foi dado para executar um programa neoliberal que não tinha nenhum voto nas ruas", costuma dizer Dilma. 

Uma festa frustrada

No número 265 da rua Júpiter, no bairro de Santa Lúcia (no sul de Belo Horizonte), Dilma Rousseff gravou seus programas eleitorais. Neste domingo, funcionários levaram para lá uma grande quantidade de comida e bebida. O regabofe foi preparado para comemorar a esperada vitória de Dilma ao Senado, onde teria sua primeira experiência parlamentar.

Mais cedo, no Colégio Santa Marcelina, a chegada de Dilma provocou a manifestação de eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que a vaiaram. Porém, em maior número, militantes petistas começaram a gritaram palavras de ordem e aplaudiram a petista. Após a saída dela, eleitores dos dois lados chegaram a discutir.

"Eu acredito que hoje é um momento muito especial para o país. Porque nós estamos reafirmando a democracia no Brasil. A democracia que foi tão golpeada no impeachment como na sucessão desse processo. É a eleição da democracia. Esta talvez seja a eleição mais importante dos últimos anos", disse a ex-presidente antes de entrar em sua seção eleitoral.

Após votar, a petista retornou para casa no bairro da Pampulha e chegou ao estúdio em Santa Lúcia por volta das 17h, demonstrando sinais de ansiedade, mas de bom humor. O clima de festa foi cedendo espaço, rapidamente, para o de perplexidade, com as pesquisas de boca-de-urna que mostravam a petista em quarto lugar.

"Todo mundo ficou em choque", disse ao UOL uma das pessoas presentes. O semblante da candidata ficou marcado pela tristeza.

Quando a derrota foi sacramentada pela apuração do TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais), Dilma agradeceu à equipe e deixou o local despistando a reportagem.

"O PT sempre teve dificuldades em trabalhar com os indecisos. E nesta eleição para o Senado, as pesquisas demonstravam cerca de 20% de indecisos para a primeira vaga e 25% para a segunda. Esses votos migraram para os concorrentes", avalia o cientista político Rudá Ricci.

"Essa derrota pode representar a aposentadoria da ex-presidente. É muito díficil imaginar que ela vá concorrer novamente a um cargo eletivo", diz o cientista político Bruno Reis, vice-diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ceará, Piauí e, por fim, Minas

Os planos do PT para Dilma incluíam, desde pelo menos o começo de 2017, a ida dela ao Senado.

A ideia inicial era de que a ex-presidente disputasse uma cadeira pelos estados do Piauí ou do Ceará, governados pelo partido e localizados na região Nordeste, onde os petistas têm tido altas performances eleitorais. Esta também era uma preferência de Dilma, apurou a reportagem.

Após sair da prisão durante o regime militar, Dilma deixou Minas para se radicar em Porto Alegre, onde atuou como secretária de administrações do PDT, o partido comandado por Leonel Brizola (1922-2004). Ela viria se filar ao PT em 2001, quando era secretária de Minas e Energia do governo Olívio Dutra no estado do Rio Grande do Sul.

Foi por essa experiência que Dilma foi indicada para ocupar a pasta ministerial no primeiro mandato presidencial de Lula. Depois, ela foi alçada à chefia da Casa Civil, em 2005, quando José Dirceu deixou o o governo por causa do escândalo do mensalão. Nesta função, se aproximou de Lula, que a escolheu, anos depois, como candidata petista à sua sucessão.

Em outubro do ano passado, durante a etapa mineira de sua caravana, Lula afirmou a jornalistas que Dilma seria mesmo candidata ao Senado, mas se absteve de dizer por qual estado.

Por sua vez, membros do governo de Fernando Pimentel diziam publicamente não haver hipótese de Dilma ser candidata por Minas Gerais.

“Dilma tem sempre um papel importante na história do Brasil e na história do estado. Agora, é claro que o título dela não está aqui em Belo Horizonte, não está em Minas Gerais. A militância política dela não se deu aqui no estado. Então, nós não trabalhamos com essa hipótese”, afirmou o secretário de Estado, Odair Cunha, ao jornal mineiro "O Tempo".

Dentro do PT, porém, Lula começou a insistir para que ela disputasse por Minas, seu estado natal e fundamental em sua vitória sobre Aécio na disputa de 2014. Colaborou também o pedido feito pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), para que a ex-presidente não entrasse na disputa cearense.

Tanto tucanos quanto petistas costumam dizer que "Minas é a síntese do Brasil". Quem ganha no estado, tem grandes chances de repetir o triunfo em plano nacional.

"Se o golpe de 1964 me tirou daqui, o de 2016 me trouxe de volta", disse Dilma em discurso durante um comício realizado no final de setembro, na praça Afonso Arinos, no centro de Belo Horizonte, onde ela morou antes de ser presa pela ditadura.

"Eu morei ali [apontou para um prédio]. No nono andar. Tive que fugir pelos fundos quando agentes da repressão cercaram o local", relembrou.

Dilma fez a transferência de seu título de Porto Alegre para Belo Horizonte em 6 de abril, último dia para fazer mudança de domicílio eleitoral, de acordo com as regras da legislação eleitoral. O ato que contou com a presença da cúpula do PT mineiro e de militantes já indicava que ela participaria da eleição no estado, mas ela se negou, na ocasião, a falar sobre a candidatura.

Dois meses depois, a petista confirmou publicamente que iria disputar o Senado por Minas. Havia na época a expectativa de que ela repetisse a disputa do segundo turno da eleição presidencial de 2014, com o senador Aécio Neves (PSDB). Pouco depois, ele optou por disputar uma vaga para deputado federal. As pesquisas de intenções de voto indicavam que ambos eram favoritos para serem eleitos nas duas vagas.

Porém, desgastado no PSDB por seu envolvimento no escândalo da JBS e por ter virado réu em uma ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal), Aécio desistiu de tentar a reeleição ao Senado e focou seus esforços na Câmara.

A candidatura da petista chegou a ser contestada judicialmente por adversários, porém o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas Gerais e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovaram o registro e Dilma pôde disputar a eleição.

Kleyton Amorim/UOL Kleyton Amorim/UOL

Mudança no comando

O objetivo de Lula ao insistir para que Dilma fosse a Minas não se resumia a uma esperada vitória eleitoral no segundo maior colégio eleitoral do país (com mais de 15,7 milhões de votantes), o que acabou não se concretizando. Ele desejava também que a ex-presidente tomasse as rédeas do partido em Minas, apurou o UOL com fontes ligadas ao partido. Neste xadrez, o ex-companheiro de luta armada e ex-ministro, o atual governador Fernando Pimentel, poderia sair enfraquecido. 

O economista Fernando Pimentel foi secretário da Fazenda da prefeitura de Belo Horizonte durante a gestão de Patrus Ananias (1992-1996). Ao assumir ele mesmo a chefia da capital mineira em 2001, ele introduziu métodos de gestão diferentes da matriz petista.

"Ele desmontou, por exemplo, a Escola Plural, que foi uma reforma educacional implantada por Patrus, inspirada na reforma feita pela Espanha e nas ideias de Paulo Freire. Ele centralizou a gestão e diminuiu o orçamento participativo. Investiu em transformar BH numa cidade voltada para o turismo de negócios, em vez de colocar ênfase do orçamento na periferia", informa o cientista político Rudá Ricci, que acompanha a política mineira há mais de duas décadas.

No meio político mineiro é conhecida a frase de que Pimentel "é o mais tucano dos petistas de Minas". Não é um quadro por quem a militância vibre. Um episódio na caravana de Lula em Belo Horizonte é revelador: no encerramento ocorrido na praça da Liberdade, Dilma e o ex-presidente foram aplaudidos, enquanto Pimentel chegou a receber vaias dos petistas.

Outro ato que levou Pimentel a receber críticas internas foi o acordo que ele costurou com Aécio Neves para apoiar Márcio Lacerda, que acabou por sucedê-lo na prefeitura no ano de 2009.

Cristiane Mattos/Estadão Conteúdo Cristiane Mattos/Estadão Conteúdo

A presença de Dilma atrapalhou os planos de Pimentel. Ambos foram companheiros de luta armada contra a ditadura, e ele foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio durante o primeiro mandato dela (2011-2014).

Apesar de Pimentel negar publicamente qualquer atrito com Dilma, o fato é que ela teve papel fundamental na inviabilidade da aliança do PT com MDB em Minas.

Na composição da chapa, Dilma e o deputado federal Saraiva Felipe, que votou pelo seu impeachment, seriam os candidatos ao Senado. E o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, entraria como vice de Pimentel. O deputado estadual foi essencial para barrar o processo de impeachment de Pimentel. Mas Dilma não aceitou o acordo.

"Na verdade, Dilma apenas seguiu uma resolução que havia sido aprovada pelo próprio PT mineiro de que não iríamos fazer alianças com que tivesse apoiado o golpe", afirmou o deputado estadual Rogério Correia.

"Como é que ela iria dividir o palanque com alguém que votou pelo impeachment dela?", afirma o vereador do PT em Belo Horizonte Arnaldo Godoy, que preside o partido na capital.

Arnaldo e outro vereador, Pedro Patrus, filho de Ananias, foram escolhidos por Dilma para serem seus suplentes. Também neste caso, ela bateu sozinha o martelo.

"Ele me disse que queria dois nomes fortes do PT na capital e por isso escolheu nós dois", afirma Arnaldo. Os dois são os únicos vereadores petistas de Belo Horizonte.

Outro ponto de tensão na campanha, ou de "constrangimento", segundo membros do PT do partido ouvidos pela reportagem, foi a presença do deputado Miguel Correia na chapa majoritária. Ele havia deixado o PPS pelo PT, por influência de Pimentel, de quem foi secretário.

Depois que ficou decidido que o PT não faria coligação com o MDB, o partido escolheu o deputado estadual Paulo Guedes, com grande presença no norte de Minas, para compor ao lado de Dilma, a dupla de candidatos a senadores. Porém, Guedes abriu a vaga para Miguel Correia e decidiu disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. A decisão causou perplexidade em alguns membros do partido

"Eu mesmo achei estranho, mas só os dois podem explicar que acordo fizeram", afirmou Arnaldo Godoy.

A situação interna de Miguel Correia piorou quando veio a público em agosto que uma empresa de seu assessor pagou a influenciadores digitais para publicarem posts elogiosos a petistas no Twitter. Pressionado a desistir, mas Correia manteve a candidatura. 

A reação de Dilma ao escândalo do "mensalinho no twitter" foi tremenda: "Vocês são uns irresponsáveis", disse ela a um de seus interlocutores.

A reportagem observou nos eventos que acompanhou da campanha da ex-presidente que ela não pediu votos para seu companheiro de chapa. Falava dela, de Pimentel, de Fernando Haddad, o candidato petista à Presidência da República, e de outros candidatos a deputados que estivessem presentes na ocasião. Mas não de Miguel Correia. A exceção foi um comício em Ouro Preto, onde ele teve uma participação apagada.

A bronca no caso Miguel Correia mostra que Dilma manteve características pessoais já conhecidas pelo público em sua campanha ao Senado: a rispidez em momentos de fúria. "Ela briga com todo mundo na campanha", afirmou um integrante da equipe petista. 

Pessoas que atuaram na campanha afirmam que as broncas costumam ser um pouco mais suaves quando ela fala com mulheres. Com os homens, Dilma costuma ser ainda mais incisiva. A ex-presidente tem certeza que sofreu "um golpe de estado" de fundo misógino (aversão às mulheres).  Porém, uma dirigente do PCdoB chegou a escrever publicamente em seu perfil numa rede social que não votaria na ex-presidente por ter recebido uma descompostura da ex-presidente.

Dilma também continua com seu apreço por planilhas e números; ela costuma pedir dados sobre as cidades que visita, a exemplo de quantos recursos e quais programas federais atenderam a comunidade local, durante sua gestão e a de Lula. Esses números norteiam parte de seu discurso ao público.

"A derrota de Dilma faz cair por terra o plano de Lula", afirma Rudá Ricci

Campanha como denúncia

Em uma noite fria de setembro, com chuva fraca e intermitente, a ex-presidente de 70 anos sobe ao palco do bar Latino, na zona oeste de Belo Horizonte, para discursar a um grupo de uma centena de militantes da causa LGBTI (a sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais). Usa uma camisa vermelha a mostrar o retrato de um jovem Lula com os dizeres "Lula Livre", praticamente seu uniforme de campanha.

O encontro ocorre num espaço dedicado, geralmente, às baladas regadas a sons afrocaribenhos. Faltavam pouco mais de duas semanas para a eleição deste domingo.

Ao microfone, a petista repete as frases quase que já decoradas sobre seu impeachment. Sua campanha serviu também como palanque para sua denúncia contra sua deposição.

"Me tiraram da Presidência sem eu ter um crime praticado. Eu não tenho conta na Suíça. Eu não tenho mala que anda de lá para cá, não tenho mala em apartamento. Essa coisa de pedalada fiscal é algo ridículo. Eles nem têm mais força para falar sobre isso".

Classificar o processo de impeachment como um golpe foi o argumento-base de Dilma em todos atos públicos dos quais participou desde que o Senado a depôs da Presidência da República, por 61 votos a 20, no dia 12 de agosto de 2016. Não foi diferente durante os comícios de sua candidatura derrotada para o cargo de senadora por Minas Gerais.

Apesar de algumas derrapadas, Dilma se mostrou mais à vontade como oradora. Se nunca chegará ao domínio retórico de Lula, ela já consegue manter a atenção de uma plateia durante quase meia hora.

"Queria dizer para vocês que estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil. Não é só que de um lado tem o golpe, todos os retrocessos, o fim dos direitos. Do outro lado tem a esperança, a autoestima, e o direito de exercer plenamente sua sexualidade, amar como você quiser amar, exercer a diversidade que existe em todos os seres humanos."

A ditadura militar contra a qual ela lutou em organizações guerrilheiras também é um tema constante. Dilma não fala das torturas que sofreu durante o período em que esteve presa, entre 1970 e 1972, mas não foge de falar sobre a violência praticada pelo Estado brasileiro.

"Eu pensava que o pau-de-arara, um método adotado contra todos aqueles que resistiram à ditadura, tinha sido criado pela Escola de Oficiais no Panamá, pelos Estados Unidos. O pau-de-arara era uma importação americana, eu pensava. Até que eu vi um livro de Debret, um pintor que retratou o Segundo Império. Neste livro tem um homem negro na posição do pau-de-arara sendo torturado. Os monstros maiores de nossa cidade existem há mais de 300 anos. São reflexos de mais 300 anos de escravidão."

No caminho até o palco e também na saída, uma cena se repetiu. Dilma foi cercada pelos presentes que lhe pediram selfies e autógrafos, atitudes constantes nos eventos de campanha da ex-presidente aos quais o UOL esteve presente.

Desde sua volta para Belo Horizonte, a imprensa registrou apenas um ato de hostilidade contra Dilma, antes do dia da votação em que foi vaiada por alguns eleitores: ela foi xingada ao pedalar na região da lagoa da Pampulha, em um domingo. Ela mora no bairro junto com a mãe, Dilma Jane da Silva, 94, que se encontra em um delicado estado de saúde.

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