Guerra pelo voto

Nas redes, por trás da sua timeline, acontece uma nova disputa eleitoral

Aiuri Rebello Colaboração para o UOL, em São Paulo
Arte UOL

Equipes de propaganda passam a usar um arsenal de ferramentas para rastrear, mapear e tentar engajar as pessoas comuns --como eu e você, internauta-- na disputa eleitoral. Os dados pessoais disponíveis na rede são utilizados por empresas de marketing na produção de material personalizado, com a intenção de nos convencer a votar no candidato cliente deles. Cada vez mais importantes na disputa, as redes sociais estão virando arenas em que essas 'armas digitais' nem sempre estão dentro dos limites morais

Na esquina de uma periferia pobre na capital paulista, uma jovem usa seu celular para tirar foto de políticos que passam em cima da caçamba de uma caminhonete em meio a uma carreata pelas ruas do bairro. Em seguida, posta nas redes sociais com um comentário negativo: "Olha quem teve a cara de pau de aparecer por aqui". 

No quartel-general da campanha, uma equipe atenta aos tablets e celulares acompanha a transmissão ao vivo do evento pela página no Facebook. Em uma tela ao lado, um mapa mostra todo o caminho da comitiva e geolocaliza postagens públicas nas redes sociais que tenham a ver com o evento. 

Os "internautas perigosos" --leia-se, influentes, mas que estejam contra o político, como a garota do início do texto-- são colocados em uma lista negra que será monitorada a longo prazo. Se for o caso, serão acionados judicialmente mais adiante. 

Analistas também filtram as manifestações online e cruzam o monitoramento com bancos de dados de IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), juntas comerciais, processos na Justiça, Serasa ou praticamente qualquer cadastro que qualquer eleitor já tenha feito na vida. Com base nesses perfis, decidem como agir. 

É daí que surge a ideia de mandar mensagens de WhatsApp, SMS, inbox em redes sociais e e-mails aos internautas que apoiam a carreata e o candidato, tudo com apenas alguns cliques. 

O aparato detecta ainda uma emboscada: militantes de um adversário combinam um buzinaço contra a carreata em uma página inimiga no Facebook esquinas adiante de onde está o comboio. Os assessores são avisados imediatamente e mudam o trajeto da comitiva, frustrando a armadilha e evitando o embaraço, que certamente seria espalhado como viral pela internet. A missão continua.

Enquanto isso, uma equipe de fotógrafos e jornalistas publica tudo sobre o evento no Facebook, Instagram, Twitter, Snap, grupos de WhatsApp e qualquer outra mídia social imaginável. 

Um time de administradores de perfis na produtora modera e apaga incêndios nas discussões (um ataque com montagens e calúnias de militantes virtuais adversários está em curso na página oficial), além de espalhar conteúdo de campanha online com a ajuda de robôs compartilhadores.

Paralelamente, é produzido material feito sob demanda para atender aos anseios do público e responder às questões de apelo entre os eleitores, identificadas na web.

"Operações de guerra" como a descrita acima --exemplo real em uma grande campanha de São Paulo-- são cada vez mais comuns. Dezenas de ferramentas tecnológicas são arregimentadas para batalhar umas contra as outras nos bastidores da internet pelo seu voto. Por trás de cada curtida ou compartilhamento de memes, notícias ou material de campanha de algum candidato ou contra ele, está escondido um arsenal que muitas vezes os eleitores não têm ideia de que exista.

"Hoje praticamente todos os políticos estão na internet, sabem da importância disso", afirma Ricardo Heidorn, CEO do Seekr, software utilizado no monitoramento de redes sociais.

"Quando entram em campanha, [eles] se dão conta da necessidade de aparecer bem neste canal cada vez mais importante nas eleições", afirma o executivo da Seekr.

Com a ferramenta oferecida por ele, as empresas e campanhas conseguem enxergar de maneira estatística e específica o que é dito nas redes sociais sobre candidatos, partidos, campanhas, propostas e assuntos de interesse em geral.

O software também avisa quando algum internauta influente está falando sobre o candidato ou quando há ataques de internautas adversários, entre outras funcionalidades. "Não sei dizer exatamente em números, mas as campanhas eleitorais e políticos em geral são hoje uma fatia expressiva do nosso faturamento", diz Heidorn.

No início de 2015, o Facebook, a principal rede social das campanhas, cortou a brecha do algoritmo que permitia programas como o Seekr ver, listar e monitorar qualquer postagem aberta nos perfis pessoais dos usuários.

Hoje, ainda é possível monitorar fanpages e postagens que tragam hashtags, as palavras que vêm com o símbolo de #. "Essa história da 'indústria da multa' que está sendo explorada por várias das campanhas de São Paulo, nós identificamos aqui no monitoramento que tinha potencial para ser um dos grandes temas. Não deu outra", afirma um jornalista que ajuda a coordenar uma das campanhas à prefeitura paulistana e pediu para não ser identificado porque assina um termo de sigilo quando começa o trabalho eleitoral.

"A internet é o futuro das campanhas eleitorais por uma série de motivos", diz Marcos Berman, sócio-diretor da Rocket Digital, empresa de tecnologia catarinense que neste ano lançou plataforma específica para eleições, a Voxer.

Na solução digital oferecida para as campanhas Brasil afora, além do monitoramento de mídias sociais, existe um robô compartilhador de conteúdo nas mídias sociais, homologado pelo Facebook e outras redes sociais, afirma a empresa.

"Os eleitores que curtem a página do candidato, inscrevem-se para receber e-mails e mensagens ou fazem espontaneamente o cadastro, recebem um link com tudo explicado. Ao clicar nele, o eleitor passa a compartilhar o material de campanha online automaticamente. O legal é que não temos acesso ao perfil de ninguém e as publicações são feitas sempre respeitando as configurações de privacidade", diz Berman.

"Isso dá um poder de escala muito grande para as campanhas na internet, um diferencial enorme na propagação do material, já que a divulgação é feita por pessoas reais com redes de contatos reais", diz ele, que afirma ter firmado acordo com pouco mais de cem campanhas nesta eleição.

Além do software, a empresa oferece um serviço de consultoria no qual faz a gestão das mídias sociais e uso das ferramentas tecnológicas para candidatos. "Muitos candidatos e campanhas ainda não lidam bem com a tecnologia, não têm profissionais da área, então é natural que empresas ofereçam isso de forma profissionalizada", diz Berman. A legislação eleitoral diz que é proibido pagar por anúncios ou impulsionar publicações na internet durante as eleições, mas não fala nada sobre o uso de robôs.

Fora do período de eleições, todos esses programas e ferramentas tecnológicas estão diariamente à disposição de qualquer empresa que pague por elas. São usadas da mesma forma que na política, só que o objetivo é outro: em vez de ganhar seu voto, quer encontrar um consumidor de produtos e serviços.

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Analógico x digital

O especialista em tecnologia Adilson Silveira, que neste ano colocou no mercado a ferramenta Multiplica Votos, concorda que muitas campanhas ainda têm dificuldade para entender o mundo digital, mas que isso está mudando. "Muitos marqueteiros ainda pensam apenas em televisão e rádio, ignoram a internet. De 2012 para cá, isso vem mudando, mas a parte de inteligência, de análise de bancos de dados, é muito fraca. A maioria ainda está presa a monitoramento e produção de conteúdo."

O software dele é um programa que junta outros cinco: um de monitoramento de mídias sociais, um de integração, cruzamento e análise de bancos de dados diversos, um de clipping digital de notícias e outro que permite interagir com internautas nas mídias sociais e no WhatsApp.

Por exemplo, ele rastreia bancos de dados do TSE, do IBGE, do Serasa, de lojas, entidades comerciais etc., tudo de forma legal -- para saber quais marcas você gosta, a partir das lojas, e até se você participou de manifestações (e publicou isso com hashtag).

Silveira diz que, apesar de ter vendido sua solução digital para algumas dezenas de campanhas pelo Brasil, esperava mais. "O investimento feito se pagou e tivemos um pequeno lucro, mas a saída foi abaixo das nossas expectativas. Acho que as campanhas estão sem dinheiro para investir. Em 2014, nas eleições para governador e, em 2012, o negócio foi melhor", diz o empresário.

Os cinco principais candidatos na disputa da capital paulista --Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB), João Doria (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Luiza Erundina (PSOL)-- usam uma cartilha básica nas produções de conteúdo na web. Fora Russomanno, que tem 688 mil fãs na principal página no Facebook utilizada pela campanha, todos estacionaram na casa entre 200 mil e 250 mil seguidores.

Um bom exemplo desse cenário é a campanha online do prefeito de São Paulo e candidato a reeleição pelo PT, Fernando Haddad. Quando se elegeu em 2012, Haddad tinha R$ 90 milhões para gastar. Isso se refletiu em uma produção grandiosa também na internet. Havia site com programas ao vivo várias vezes ao dia, apresentadores no estúdio, vídeos e peças diferentes para cada canal: produções com atores, figurino, locação, música original e efeitos especiais que passavam só no Facebook e outras feitas só para o site.

Neste ano, com um orçamento máximo estimado em R$ 17 milhões, a fórmula foi mais modesta: em vez de produção segmentada, os programas da TV foram para o YouTube e outros canais comerciais. Entraram em cena fotos, vídeo-selfies e vídeos mais simples --nada que relembre a campanha passada.

Já para o advogado do PSDB e da campanha do tucano João Doria à Prefeitura de São Paulo, Anderson Pomini, o uso das ferramentas tecnológicas e da internet na campanha são cada vez mais fundamentais, apesar da crise no ramo --com a proibição da doação empresarial, as campanhas estão com menos dinheiro nestas eleições. "Hoje o setor jurídico da campanha trabalha com o pessoal da internet da mesma forma que sempre trabalhou com a produção de televisão", afirma o advogado.

"O pessoal do monitoramento identifica quem está falando mal da gente nas redes sociais. Se for um influenciador, que está com alcance grande e repercutindo bastante e tiver extrapolado os limites legais da liberdade de expressão, entramos em contato com ele pela própria mídia social", afirma o advogado. "Geralmente, o próprio internauta se retrata e retira do ar o conteúdo depois de procurado", diz Pomini. Ele diz que até agora a campanha processou só três internautas.

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Influenciadores digitais

A maioria das celebridades da internet prefere passar ao largo da política nestas eleições. Youtubers famosos como Felipe Neto, Jout Jout e Kéfera não arriscaram declarar apoio a ninguém até agora. Mas alguns influenciadores digitais têm usado seu prestígio nas redes para angariar votos e fazer campanha contra candidatos.

É o caso do empresário Elídio Lopes. Mais conhecido pelo seu programa sobre vinhos nas madrugadas da RedeTV!, "Lopes, o homem do vinho" tem colocado bastante esforço para convencer as cerca de 170 mil pessoas que alcança --entre Twitter, Facebook, Instagram e outras mídias sociais-- a não votar em Doria.

Ele explica que o conhece há mais de 20 anos: "Somos amigos". "Mas nos últimos tempos houve uma sucessão de atitudes com as quais não concordo", afirma o enólogo.

Segundo ele, Doria nunca pagou por um lote de vinhos no valor de US$ 86 mil que ficou guardado na adega do candidato tucano. "Não fiz recibo nem nada quando mandei as caixas para lá, confiava nele", diz. "Depois teve a questão do [Andrea] Matarazzo, que também é meu amigo", prossegue, falando sobre o vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB), que entrou no PSD após perder a candidatura para Doria. "A cisão que ele causou dentro do PSDB, depois tratou mal meu filho, me processou, aí resolvi ir pra cima", justifica Lopes.

Em suas postagens, chama Doria de lobista e falso empresário. "João Doria é um homem com capacidade de trabalho imensa, mas o que ele faz é apresentar empresários ricos a políticos", afirma Lopes, que diz ter pego gosto pelo ativismo online contra o desafeto. "Não vou parar de postar", diz.

O advogado de Doria, Anderson Pomini, nega todas as acusações. Ele diz que já tentou duas vezes tirar do ar os perfis pessoais do homem do vinho por meio de liminares, mas a Justiça Eleitoral indeferiu os pedidos. "Lopes está usando um número considerável de seguidores para chantagear um candidato em plena eleição", afirma o advogado.

Pomini acrescenta que a campanha tucana prefere não processar pessoas que façam ataques a Doria em suas páginas pessoais, mas o caso de Lopes é uma exceção. 

Lopes nega agir em nome de outra pessoa. A discussão prossegue, tanto na Justiça quanto na internet.

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O lado sujo das campanhas

Por trás das campanhas na internet existe muitas vezes um submundo ilegal ou imoral de perfis falsos, ataques apócrifos, ações de militantes coordenados, produção de memes e material calunioso e até uso criminoso de tecnologia. Tudo com o objetivo de ajudar a minar a credibilidade e reputação dos rivais.

Robôs compartilhadores em associação a bancos de dados de eleitores e perfis falsos podem fazer bastante estrago na imagem de um candidato na internet. "É proibido enviar material de campanha para quem não pediu, e ninguém envia porque é só ir lá e processar o candidato promovido", afirma o coordenador de mídias sociais de uma campanha paulistana. "Mas espalhar material não assinado falando dos outros, que é muito difícil de rastrear a origem, todas as campanhas fazem."

Não é difícil encontrar na internet ofertas de robôs que compartilham, curtem, publicam e até comentam posts com o uso inclusive de uma legião de perfis falsos. O UOL entrou em contato com um desses "desenvolvedores piratas" e o uso de um robô de forma sistemática custa a partir de R$ 500 por mês.

Outra estratégia é a compra de curtidas, compartilhamentos e comentários de fazendas de cliques, como são conhecidas as "empresas" que oferecem esse serviço. Na internet é possível achar diversas ofertas. A Brasil Liker, por exemplo, oferece pacotes com até 20 mil curtidas em um post por R$ 280. Dez mil curtidas em uma página saem por R$ 750, e 3.000 seguidores em um perfil, por R$ 60.

Em contato telefônico, os responsáveis dizem que todos os perfis utilizados na arrecadação de curtidas são brasileiros e reais. Eles lançaram um pacote em que prometem aos candidatos até 2.000 curtidas a mais por dia na página de campanha, entre outras funcionalidades. A prática de pagar por promoção nas redes sociais é crime durante o período eleitoral.

 

Fakes

"As chefias das campanhas políticas na internet estão percebendo que não adianta usar militantes, internautas pagos ou perfis falsos nas redes sociais e estão buscando soluções mais profissionais", avalia Marcos Berman, sócio-diretor da Rocket Digital.

Para Adílson Silveira, as campanhas devem ficar atentas: "Muitas vezes, o software oferece um recurso poderoso demais, que não é permitido pela legislação eleitoral, como enviar mala direta para todos os contatos do banco de dados, por exemplo".

As campanhas de Fernando Haddad, Marta Suplicy e Celso Russomanno não comentaram suas estratégias para combater falsas informações nas redes sociais.

O PSDB disse que conseguiu a exclusão de duas páginas que traziam ataques e ofensas a Doria. A Justiça mandou tirar do ar as páginas "João Escória" e a "João Dólar Jr", ambas ligadas a militantes do PT e do PSOL, respectivamente. O jornalista Fábio Nassif, criador da página 'João Dólar', foi multado em R$ 5.000 pela Justiça Eleitoral. A reportagem não conseguiu falar com ele.

"Vivemos um jogo de gato e rato", diz o advogado Anderson Pomini, da campanha de Doria. 

Outras páginas que exaltam candidatos, como "Haddad Tranquilão" --favorável ao prefeito paulistano, com 229 mil curtidas no Facebook--, continuam a fazer propaganda a todo o vapor.

Em uma busca rápida, é possível encontrar diversos perfis falsos de praticamente qualquer candidato em todas as mídias sociais. Neles, notícias falsas ou negativas ao político imitado, comentários absurdos e maldosos como se fossem deles próprios e outras baixarias rolam soltos. Quando os advogados das campanhas conseguem tirar uma do ar, surge outra.

Um caso de polícia

O trabalho desenvolvido pela agência Pepper chamou a atenção durante a campanha que elegeu Dilma Rousseff presidente, em 2010.

Utilizando as ferramentas de monitoramento, bancos de dados, disseminação de material e mobilização de internautas da empresa de tecnologia norte-americana que ajudou a eleger Barack Obama --até então largamente desconhecidas por aqui--, a Pepper fez uma campanha na internet de primeiro mundo, algo inédito em uma eleição no Brasil na época. Uma produção de conteúdo sofisticada, com vídeos e clipes próprios só para a internet, completavam a campanha online.

De acordo com as contas de campanha de Dilma naquele ano, aprovadas pela Justiça Eleitoral, essa sofisticação na internet custou R$ 6,4 milhões. Neste ano, porém, com o nome citado em delações premiadas de executivos da OAS e da Andrade Gutierrez na Operação Lava Jato, uma das donas da agência, Danielle Fonteles, disse à Justiça ter recebido outros R$ 6,1 milhões das empreiteiras em contas no exterior pelo trabalho. A publicitária negocia acordo de delação premiada em processo que corre em sigilo. 

Depois dos problemas com a Justiça, a agência trocou de nome e hoje chama-se No.Bot. Funciona no mesmo telefone e endereço, mas, segundo funcionários disseram à reportagem, não trabalha mais com marketing político.

Em seu site, a empresa cita alguns clientes expressivos como a rede de restaurantes Outback, a montadora Nissan, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, entre vários outros, mas não cita nenhuma campanha política nem quem são os sócios. Por e-mail, Danielle disse que gostaria de falar sobre o reposicionamento da empresa, mas não poderia comentar o processo criminal em andamento.

O arsenal das campanhas

  • Robôs

    Softwares utilizados para compartilhar e promover o material de campanha dos candidatos e outros negativos aos adversários. Funcionam também para comentar publicações, convidar para eventos, enviar mensagens e até discutir em posts, tudo automaticamente. Operam muitas vezes associados a perfis falsos

  • Produção de conteúdo

    As mídias sociais permitem a interação direta entre os políticos e seus eleitores, mas quem cuida dessa comunicação é uma equipe profissional especializada, formada por jornalistas, fotógrafos, webdesigners, produtores, programadores e administradores de perfil que cuidam de tudo o que é postado nas redes

  • Análise de bancos de dados

    O monitoramento de redes sociais é cruzado com as informações de bancos de dados online como os do TSE, do IBGE e do Serasa, para fornecer relatórios sobre perfil de eleitores, percepção dos candidatos e seus adversários e assuntos em destaque entre os internautas

  • Monitoramento

    Campanhas usam softwares e empresas especializados no monitoramento e análise de perfis. Postagens públicas podem ser monitoradas, em alguns casos com geolocalização. É possível saber também o grau de influência do internauta na internet e quem ele está influenciando

  • Fábrica de memes

    Muitas vezes a estrutura de campanha na internet ajuda a produzir e a espalhar conteúdo não assinado, como memes, virais, montagens, vídeos e notícias -- não necessariamente verdadeiros--, com informações ofensivas contra candidatos rivais

  • Perfis falsos

    Amplamente utilizados em campanhas políticas e geralmente associados a robôs, são encarregados do "trabalho sujo": atacar os adversários, compartilhar informações de credibilidade duvidosa e discutir em posts com adversários

  • Células de guerrilha

    Grupos, organizados no WhatsApp e em outras mídias sociais, atuam de forma coordenada para atacar, defender ou promover candidatos. Militantes ficam a postos para batalhar online

  • Fazendas de cliques

    São empresas que contratam pessoas para criar e administrar perfis falsos nas mídias sociais para subir, curtir, compartilhar e comentar postagens nas redes sociais

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