Viajar barato

Ásia, Europa, África ou Américas? Veja onde o real vale mais e aproveite a viagem

Téo Takar Colaboração para o UOL, em São Paulo
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Sentindo-se pobre?

Você alguma vez planejou uma viagem para o exterior e, ao chegar lá, descobriu que as coisas eram muito mais caras do que imaginava?

Esse fenômeno é comum em países onde o real vale menos do que a moeda local, como os Estados Unidos, a Inglaterra ou a França, e onde o custo de vida é muito alto, como Suíça ou Noruega.

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Sentindo-se rico!

O UOL Economia pesquisou os preços para os brasileiros conhecerem 24 lugares no mundo na baixa temporada (em novembro).

A pesquisa abrange destinos nas Américas, África, Europa e Ásia. Também foi incluído um destino nacional (Fortaleza, no Ceará) para permitir uma comparação de valores, além de três locais bastante procurados pelos brasileiros, apesar de caros: Paris (França), Londres (Inglaterra) e Nova York (EUA).

Em alguns lugares, o real tem poder de compra maior que a moeda local. Por isso, os custos com hotel, comida e passeios são, em geral, menores que no Brasil. Porém, muitos desses locais baratos estão na Ásia, e a passagem aérea acaba encarecendo a viagem.

Há opções na América do Sul e na África, que estão mais próximos do Brasil e têm passagem aérea mais acessível, oferecendo uma melhor relação custo-benefício.

Confira.

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Ásia tem pechinchas...

... mas a passagem aérea é cara

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Indonésia

Dempassar, a capital da Ilha de Bali (na foto), na Indonésia, está entre as cidades mais baratas do mundo para se conhecer. Com pouco mais de R$ 80 por dia, dá para visitar os principais pontos turísticos, comer bem e ainda se hospedar em um hotel três estrelas. Com a mesma quantia em Fortaleza, daria para pagar almoço e jantar (R$ 59,4), mas não a hospedagem (R$ 106,4).Tem um porém: para desfrutar dessa pechincha em uma ilha paradisíaca, você terá que voar meio mundo e pagar uma passagem aérea proporcional à distância, de mais de 16 mil km: R$ 4.843.

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Nepal

Você também pode viver uma semana em Katmandu (na foto), capital do Nepal, gastando apenas R$ 655. Mas o preço da passagem aérea é tão alto quanto as montanhas do Himalaia. O voo mais barato a partir de São Paulo, em baixa temporada, sai por R$ 5.296. Só com o valor dessa passagem daria para mudar completamente o roteiro e passar uma semana em Paris, com voo incluído. Mesmo com o euro perto R$ 4 (o que encarece hotel, comida e passeios), a capital francesa tem uma oferta de voos maior e passagens mais baratas que o isolado Nepal.

África fica na metade do caminho...

...e tem passagens mais em conta

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Egito ou Marrocos

Alguns destinos da África, como Cairo (na foto), capital do Egito, ou Marrakech, no Marrocos, têm diária tão baixa para o turista brasileiro quanto as cidades asiáticas. Como estão na metade do caminho, a passagem aérea é mais acessível, o que reduz o custo total da viagem. Conhecer as pirâmides e o deserto do Saara ao longo de uma semana custa pouco mais de R$ 600. Já a passagem sai por quase R$ 3.000. Em Marrakech, o gasto semanal gira em torno dos R$ 650, mas o Marrocos fica mais perto e a passagem custa cerca de R$ 400 a menos.

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África do Sul

A África do Sul (na foto) está ainda mais perto. Com o recente aumento na oferta de voos a partir do Brasil, o preço da passagem para lá caiu quase 20% em relação ao ano passado, para menos de R$ 2.000. Porém, os custos para passar uma semana são altos, apesar de a moeda local, o rand, ser equivalente a um quarto do real (R$ 0,24). Uma semana de hotel, comida e passeios em Johannesburgo (R$ 1.380) custa quase o mesmo que em Fortaleza (R$ 1.318), por exemplo. Em contrapartida, é possível voar para a capital cearense por pouco mais de R$ 600.

América do Sul tem opções...

...além de Argentina e Uruguai

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Colômbia

Medellín (na foto), na Colômbia, está entre as cidades mais baratas do mundo (R$ 726 por uma semana) e é um dos destinos com passagem mais acessível (R$ 1.166) para os brasileiros. O pacote de uma semana para lá sai por menos de R$ 1.900, mais barato que ir a Fortaleza ou Buenos Aires.

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Peru

Lima (na foto) também é uma opção interessante para o turista brasileiro que quer viajar ao exterior. Por cerca de R$ 874, dá para pagar hospedagem, comida e passeios por uma semana. A passagem aérea custa R$ 1.239. Ou seja: com pouco mais de R$ 2.000 dá para conhecer a capital peruana.

Argentina ou Nordeste?

Custa quase o mesmo valor

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Buenos Aires

Embora ainda seja um dos destinos favoritos dos brasileiros, Buenos Aires (na foto) já não é tão barata como no passado. Uma semana dançando tango e comendo bife de chorizo sai por R$ 1.143, só R$ 175 a menos do que uma semana dançando forró e comendo peixe assado em Fortaleza.

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Fortaleza

No quesito passagem aérea, há um novo empate técnico, com economia de R$ 174 a favor da capital cearense. No fim das contas, o gasto total para viajar de São Paulo para Fortaleza (na foto) ou para Buenos Aires será exatamente o mesmo: R$ 1.922.

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Como os destinos foram escolhidos

A escolha dos destinos mais baratos para os brasileiros foi feita a partir do cruzamento das informações do Índice Big Mac, elaborado pela revista britânica "The Economist", com dados do site Quanto Custa Viajar. O Quanto Custa Viajar é uma ferramenta que informa os principais custos de uma viagem em diversos lugares do Brasil e do mundo.

O Índice Big Mac compara o preço do sanduíche carro-chefe do McDonald's em diversos países. Como a receita é igual em qualquer lugar, o índice permite comparar o poder de compra de diversas moedas, sugerindo os locais onde o custo de vida é mais baixo ou mais alto em relação aos EUA (e ao dólar). Com base nesse conceito, o Brasil está entre os países mais caros do mundo para se viver, conforme mostra a tabela abaixo.

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Preços podem variar

Os destinos foram selecionados utilizando como premissas uma viagem com duração de uma semana para uma pessoa, durante o mês de novembro de 2017, hospedagem em hotel simples, alimentação em restaurantes econômicos, uso de transporte público no local, ingressos para as quatro principais atrações turísticas e passagem aérea de ida e volta a partir de São Paulo. 

A pesquisa foi feita no fim de julho de 2017. Os preços estão sujeitos às oscilações do câmbio e também de oferta dos hotéis e das passagens. Quanto maior a antecedência nas reservas, melhor deve ser o preço. Na véspera da viagem e em épocas de grande procura, com o fim de ano, os valores tendem a ficar mais caros.

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