Espanha trocou líderes diplomáticos pelos explosivos Piqué e Ramos
A rivalidade entre jogadores do Real Madrid e do Barcelona sempre existiu. Havia receio até, entre as conquistas da Eurocopa de 2008 e da Copa do Mundo de 2010, de que isso pudesse levar a Fúria mais uma vez ao fracasso, apesar do bom futebol praticado. E se a crise foi administrada na época, isso passa pela sobriedade apresentada por dois dos líderes: Iker Casillas e Xavi Hernández.
O goleiro do Real e o meio-campista do Barça eram vistos como figuras mais diplomáticas, preocupadas em apaziguar possíveis conflitos internos e de passar ao público uma imagem mais polida da seleção espanhola. Com o fim da carreira da dupla na Fúria, novos líderes ascenderam, com perfis completamente distintos e evidenciando a rivalidade entre madridistas e catalães.
Sergio Ramos e Piqué são duros em campo e mais ainda fora dele. Os zagueiros não fogem de temas delicados, expõem opiniões polêmicas em redes sociais e entrevistas e são odiados pelas torcidas adversárias. O ambiente na seleção se tornou mais inflamável e precisou de uma reformulação desde a Copa de 2014, no Brasil. Julen Lopetegui parecia ter conseguido contornar tudo isso até cair.